Flamengo é contra CBF receber por apostas esportivas

12/04/2023, 20:41
Flamengo é único clube de fora da Europa em ranking de marcas mais valiosas do futebol mundial

Nesta terça-feira (11) dirigentes dos clubes grandes do Rio de Janeiro e de São Paulo tiveram reunião com o Ministério da Fazenda. Na reunião, os clubes demonstraram descontentamento com o pedido da CBF de recebeu um percentual do dinheiro das apostas esportivas dos jogos no Brasil, serviço que será taxado pelo governo. A informação é do jornalista Diogo Dantas, do jornal O Globo.

Este foi o segundo ato dos clubes para participar da discussão sobre a tributação das casas de aposta. Anteriormente, os clubes emitiram nota em conjunto solicitando participação na pauta. De acordo com Diogo Dantas, quem representou o Flamengo na reunião foi o presidente Rodolfo Landim.

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A CBF deseja mudanças no texto da Lei 13.756 de 2018. De acordo com a lei, entidades desportivas brasileiras que cederem suas marcas para casas de apostas terão direito a 1,63% da receita líquida obtida por loterias de apostas. A entidade, no entanto, quer que essa fatia seja de 4% em cima da receita bruta.

Além disso, a CBF afirmou para o Governo Federal que é representante dos clubes brasileiros, algo que desagradou os dirigentes.

Dirigente do Flamengo comenta tributação de sites de aposta

Recentemente, o vice-presidente geral e jurídico do Flamengo, Rodrigo Dunshee, se manifestou sobre a tributação dos sites de aposta. Em sua conta no Twitter, o dirigente afirmou que concorda com a tributação sobre casas de apostas. Contudo, entende ser necessária discussão ampla.

“Essa semana ficou claro que os clubes querem participar do processo que regulamentará as apostas desportivas no Brasil. O jogo só pode funcionar no país se o governo regular. Mas não basta isso, a nosso ver. As apostas se dão sobre nossos eventos esportivos, se utilizam de nossas marcas, símbolos, imagens, etc… além disso, é nossa atividade que fica sujeita aos riscos colaterais maléficos”, publicou, antes de completar:

“Precisa valer a pena para os clubes, senão podemos chegar à conclusão de que não interessa. Me causa certo espanto ouvir algumas pessoas dizendo que o governo poderia canibalizar as marcas dos clubes contra a vontade deles, dando isso de graça para empresas de apostas. Estamos em 2023, isso não existe mais. Hoje vale o ganha-ganha e temos certeza que vamos chegar a um bom termo”, finalizou Rodrigo Dunshee.


Matheus Celani
Autor

Jornalista graduado no Centro Universitário IBMR, 23 anos, natural do Rio de Janeiro. Amante da escrita e um completo apaixonado pelo Flamengo, vôlei e esportes olímpicos.