Flamengo deve sofrer com calor extremo na Copa do Mundo de Clubes

Atualizado: 11/06/2025, 20:44
TREINO NO NINHO 06-06-2025

O sonho do bicampeonato mundial tem um novo e poderoso adversário, que não veste chuteiras nem uniforme: o calor extremo. A Copa do Mundo de Clubes de 2025, nos Estados Unidos, se desenha como uma das competições mais desgastantes da história, e o Flamengo sentirá isso na pele.

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Durante a fase de grupos, o Flamengo deve enfrentar o calor extremo justamente no que tende a ser o desafio mais difícil do Rubro-Negro. No dia 20 de junho, às 14h, na Filadélfia (15h no horário de Brasília). É nesse horário que o Flamengo enfrentará o Chelsea, sob a previsão de um dos verões mais quentes já registrados no país. 

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Embora os atletas do Rubro-Negro estejam muito mais acostumados com as altas temperaturas, o tema foi alvo de impacto de desempenho da equipe no início da temporada, durante o Campeonato Carioca.

A competição, que contará com 63 partidas, terá 37 delas (58,7%) realizadas no período vespertino. Essa programação, aliada à previsão de um verão com temperaturas recordes, acende um alerta para a saúde e o desempenho dos jogadores. A final, marcada para o MetLife Stadium, em Nova Jersey, também está prevista para este período.

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Para os times brasileiros, a preocupação é concreta. Todos terão ao menos um desafio sob o sol forte na fase de grupos. O Flamengo, por exemplo, enfrentará o Chelsea no dia 20 de junho, às 14h, na Filadélfia.

A cidade, localizada na Costa Leste, é uma das que, segundo a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), dos EUA, deve enfrentar ondas de calor com temperaturas acima da média.

O Fluminense é o único time brasileiro com dois compromissos à tarde na primeira fase: a estreia contra o Borussia Dortmund, às 12h, em Nova Jersey, e o confronto com o Mamelodi Sundowns, às 15h, em Miami. O Palmeiras encara o Al-Ahly às 12h, também em Nova Jersey, e o Botafogo mede forças com o Atlético de Madrid às 12h, em Los Angeles.

Impacto nos jogadores

Sintomas como desidratação, exaustão, náuseas e até mal súbito são riscos reais. Douglas Casa, pesquisador da Universidade de Connecticut e especialista nos efeitos do calor em atletas, ressalta a particularidade do futebol, em entrevista ao "ge".

"O futebol é um dos únicos esportes em que não há muitas pausas durante o jogo. Os jogadores precisam ser protegidos de situações muito quentes", comentou.

Para mitigar os riscos, algumas medidas são discutidas. "As pausas para hidratação poderiam ser maiores, assim como o intervalo. De repente, mais substituições. Isso já ajudaria", sugere Casa.

Outra estratégia eficaz seria levar os jogadores para fora do gramado durante as pausas, sentando-os e cobrindo-os com toalhas geladas.

A Fifa utiliza o índice WBGT (temperatura de globo e bulbo úmido), que considera não apenas a temperatura, mas também a umidade e a radiação solar. A diretriz atual prevê pausas para hidratação quando o índice ultrapassa 32°C, mas a decisão de suspender uma partida fica a cargo da organização da competição.


James Brito
Autor
26 anos, natural de Vitória da Conquista (BA), jornalista em formação pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb). Curioso por natureza, busca no esporte um campo infinito para observar, aprender e comunicar.