Flamengo de Filipe Luís tem perdido dinâmicas táticas, diz analista

O empate por 1 a 1 do Flamengo com o Central Córdoba segue ecoando, e o time precisa evoluir. De acordo com o analista tático Raphael Rabello, do canal Falando de Tática, existem algumas boas jogadas que ficaram pelo caminho na trajetória do Filipe Luís.
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É inegável que o técnico campeão da Copa do Brasil 2024 melhorou o time e fez a equipe passar a jogar bem, mas a queda recente incomoda os torcedores, e o analista vê alguns motivos para que ela aconteça.

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"São várias dinâmicas que aconteciam e passaram a não acontecer mais. É uma questão de retomar", comenta.
Uma delas é o posicionamento de Arrascaeta.
"Arrascaeta muito preso ao lado esquerdo. Na minha visão, o 10 precisa circular nesse esquema", diz.
Saída de bola
O primeiro ponto abordado pelo analista é a saída de bola do Flamengo, que não tem mais o apoio dos meias baixando para auxiliar.
"Algo que tenho sentido falta, que o Flamengo fazia bastante ano passado e até esse ano. Meias e centroavantes baixarem em apoio para o time se compactar, atrair a última linha do adversário. Os zagueiros e volantes acharem essa bola na profundidade, para, por exemplo, o Bruno Henrique. Assim, o Flamengo chega rápido ao ataque, a última linha afunda", analisa.
Dinâmica de Gerson e Wesley
Além disso, Raphael diz querer ver Gerson se revezando mais com Wesley, chegando ao lado do campo, com o lateral atuando por dentro em alguns momentos.
"Outra situação é a falta dessa troca do Gerson com o Wesley. Gerson por dentro, Wesley em amplitude. Essa é a estrutura normal. Gostaria de ver eles trocando de posição. Gerson pisando na linha, e Wesley por dentro. Quando o Wesley ultrapassa, ele recebe essa bola muito mais próximo da baliza. Quando o Gerson recebe em amplitude e aciona o Wesley em profundidade, já na área, ele só precisa dar o passe para trás", continua.
Disputa de primeira e segunda bola
Outra dinâmica que se perdeu foi a da disputa de primeira e segunda bola. Foi um dos pontos altos de Filipe Luís no Flamengo, segundo o analista, mas o time tem tido dificuldades de seguir reproduzindo o bom desempenho no quesito.
"A disputa de primeira e segunda bola foi uma grande mudança. O time do Tite tinha muita dificuldade nisso. O Filipe Luís traz um time mais compacto e capaz de vencer primeira e segunda bola. Isso vem desaparecendo, especialmente no recorte mais recente. Quando os adversários fazem um jogo mais físico, o Flamengo tem tido dificuldades", comenta.
Problema do Flamengo é tático, e não de peças
Por fim, o analista refuta a cobrança exacerbada de alguns torcedores sobre as escalações de Filipe Luís, opinando que a escolha por nomes diferentes não faria tanta diferença e que o aspecto tático vem decaindo.
"Não acho que seja tão essencial mudar peças. Tem que pensar em colocar Ortiz e Danilo. Pode rodar mais o time, que parece cansado, sim. Mas não acho que a mudança de peças vá mudar o time. Não é tão essencial", finaliza. Veja a análise completa abaixo.