Espelho, espelho meu, existe algum treinador melhor do que eu? A adaptação da frase, extraída do filme da Branca de Neve, serve para aquelas pessoas narcisistas, mas no caso em debate, talvez o adjetivo ególatra seja melhor aplicado. Ególatra, que segundo o dicionário Léxico, significa “1. Designação de pessoa que louva a si própria; que exercita a egolatria; 2. Indivíduo egocêntrico ou egoísta. (Etm. ego + latra)”.
Inclusive, tem uma piada antiga, que circula na internet, dando conta que o ego dos argentinos é tão grande que para um hermano cometer suicídio só precisa pular de cima do seu próprio ego.
Pode ser que Rogério Ceni tenha se inspirado em nossos irmãos latinos ao se referir ao seu trabalho realizado no Flamengo. Em nenhuma entrevista, até o presente momento, admitiu qualquer tipo de erro ou equívoco no comando técnico.
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Essa postura já tinha ficado marcada em sua carreira de goleiro, onde raríssimas vezes fez mea-culpa. Ficando na lembrança as falhas no gol da seleção, em jogo contra o Barcelona, e cuja entrevista pós jogo, a par da realidade, não admite as lambanças.
É verdade que o Flamengo até vem evoluindo em 2021, e conseguido jogar bem por três partidas consecutivas, assim como apresentar um padrão de jogo, o que não alcançou em 2020, sob a batuta do mesmo treinador. Contudo, a falta de empatia e senso de realidade tem provocado grande insatisfação por parte da torcida, principalmente após o jogo contra o RB Bragantino.
Talvez, um pouco de filosofia antiga possa ajudá-lo a superar suas dificuldades, afinal Confúcio já ensinava “A Humildade é a única base sólida de todas as virtudes. Não corrigir nossas faltas é o mesmo que cometer novos erros.”
Allan Titonelli é rubro-negro, amante do futebol, gosta de jogar uma pelada, assistir partidas, resenhas esportivas ou debater com os amigos sobre “o velho e violento esporte bretão”. Escreveu, ao lado de Daniel Giotti, o livro “19 81 – Ficou Marcado n...