Flamengo avança na compra de mais dois terrenos para expandir Ninho
Na sessão desta terça (16) para aprovar a compra, por R$ 5,5 milhões, de um terreno de 10 mil metros quadrados para construir um novo campo de futebol no Ninho do Urubu, o agora ex-vice-presidente de Patrimônio Arthur Rocha expôs os planos da gestão Landim para continuar expandindo o centro de treinamento.
Até o início do ano passado, o CT tinha quatro campos de tamanho oficial e alguns outros campos auxiliares de dimensões menores para treinamento de goleiros e atividades táticas expansivas. Com a aquisição do novo terreno, o número final vai dobrar.
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Isso porque os quatro campos originais foram realocados e transformados em cinco, um sexto campo está sendo construído em uma área que já pertencia ao terreno original e era usada para estacionamento (onde funcionará o miniestádio das categorias de base) e um sétimo foi criado num outro terreno anexo ao Ninho original adquirido ao clube no ano passado.
Com os novos campos, o Flamengo poderá deixar de alugar campos fora do clube para realizar peneiras das divisões de base.
Rocha revelou ao Conselho que o Flamengo está em negociações avançadas para adquirir mais dois terrenos. Um é uma pequena faixa de seis metros ao lado do terreno no lote 30 da Rua Frei Martinho cuja aquisição foi aprovada nesta terça. Segundo o ex-VP, o departamento jurídico do Flamengo estava esperando só a finalização da compra para avançar no inventário extrajudicial do terreno ao lado, dividido entre três herdeiros, para poder desmembrá-lo e adquirir essa faixa, que permitirá a construção do campo com mais folga já que o terreno recém-adquirido só tem 71 metros de largura (e a dimensão oficial do campo é de 68 metros).
Já o segundo terreno, bem maior, é uma área de 59 mil metros quadrados próxima ao Ninho. Segundo Rocha, esse terreno não fazia parte do planejamento inicial do Flamengo, mas a possibilidade de comprá-lo surgiu como uma oportunidade de mercado a um preço convidativo, sendo que o dono do terreno já aceitou um apartamento no Morro da Viúva como parte do pagamento.
O VP afirmou que a ideia da diretoria é usar o terreno inicialmente como estacionamento (já que hoje o Ninho não tem capacidade para receber todos os carros quando está em operação total) mas deixá-lo como legado para gestões futuras conforme a necessidade de expandir o CT surja. O MRN apurou que o Flamengo estuda a possibilidade de transferir as atividades do futebol feminino para lá uma vez expirado o convênio com a Marinha.
Redução de tabela acelerou venda de apartamentos no Morro da Viúva
As aquisições de terreno e obras para expansão do terreno são financiadas desde o ano passado por uma conta segregada com dinheiro da venda de 45 apartamentos que o Flamengo possuía no Morro da Viúva, no Flamengo. Em dez meses, porém, apenas três apartamentos tinham sido vendidos, o que fazia que a conta estivesse no vermelho e o Flamengo tivesse que recorrer à caixa de outras atividades para cobrir a diferença.
Segundo Rocha, porém, esse cenário está mudando com a redução da tabela de preços recentemente aprovada pelo Conselho Deliberativo. Desde então, dois apartamentos já foram vendidos e outros quatro estão em fase de troca de documentos, além do apartamento reservado para ser usado como permuta na aquisição do novo terreno. Desta forma, o número de apartamentos remanescentes para venda caiu de 42 para 35. O Flamengo prevê arrecadar um total de R$ 147 milhões na venda dos apartamentos.
Arthur Rocha deixou a vice-presidência de Patrimônio na última segunda (15) para apoiar a candidatura de Mauricio Gomes de Mattos e foi substituído nesta quinta (18) por Marcos Bodin. Ainda assim, Landim agradeceu na sessão do Conselho o trabalho de Rocha e deixou que ele apresentasse os planos futuros da gestão do Flamengo de compra de terrenos para a expansão do Ninho.