A diretoria do Flamengo sabe que construir um estádio para 80 mil pessoas no centro do Rio de Janeiro não será uma tarefa simples. O clube negocia com a Caixa Econômica Federal a compra do terreno do antigo Gasômetro, na zona portuária. O banco estatal administra a área de 106 mil metros quadrados, que pertence ao fundo imobiliário Porto Maravilha.
Além de toda a questão financeira e técnica, a construção do estádio próprio do Flamengo contém obviamente um lado político. Os poderes municipal, estadual e federal estão envolvidos nas negociações, licenças e pressões para que o equipamento passe de sonho a realidade. O repórter Diogo Dantas, em O Globo, publicou matéria nesta sexta (31) como o Fla se organiza pelos apoios necessários em Brasília.
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Conforme Diogo Dantas, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas) é o ponto de apoio do clube nas relações com a Caixa Econômica Federal. Outro apoio importante é do presidente do partido de Lira, Ciro Nogueira. Lira recebeu um título de sócio honorário do Flamengo em 2023 e tem contato direto com Rodolfo Landim e o presidente da Caixa, Carlos Vieira.
Prefeito do Rio é peça importante para o Flamengo
No Rio, o prefeito Eduardo Paes tem trabalhado ativamente para que o Flamengo consiga construir seu estádio. O mandatário municipal autorizou o clube a vender no mercado o potencial construtivo não utilizado na sede social da Gávea. O Rubro-Negro espera arrecadar até R$ 500 mil com a operação, o que cobriria a compra do terreno e parte da construção do estádio. O custo total está estimado em até R$ 2 bilhões.
Além da questão do potencial construtivo da Gávea, o prefeito Eduardo Paes fez uma promessa importante na última segunda (27), durante reunião com a direção do Flamengo. Paes afirmou que o município vai desapropriar a área caso a Caixa não aceite vender. Caso isso aconteça, o Rio terá que indenizar o fundo Porto Maravilha e depois vender o terreno para o clube.
