Flamengo acerta R$ 4,5Mi com a Jeep para a barra da camisa e ainda espera Caixa
Diogo Almeida (Twitter: @DidaZico)
Finalmente, Flamengo e Jeep chegaram a um consenso e, por R$ 4,5Mi, a empresa estampará sua marca na barra inferior das costas até o final deste ano. Nas redes sociais houve animação com a notícia publicada pelo jornalista Renato Maurício Prado em sua coluna no jornal O Globo semanas atrás. Muitas perguntas ficaram sem respostas e acreditava-se que a Jeep substituiria o patrocínio da Caixa no peito.
Nesta quinta-feira, o jornalista informou, desta vez por meio do seu blog, que a empresa negocia o espaço abaixo dos números. Entretanto, não falou de valores. Em momento algum o clube confirmou oficialmente a conversa com a gigante do setor automotivo.
Com relação ao patrocínio da Caixa, depois do anúncio da nova presidência do Banco e as recorrentes sinalizações de cortes nas despesas de publicidade, existe a possibilidade da Estatal, de fato, declinar da renovação, e o time passar algumas rodadas sem patrocinador principal no Brasileiro.
Para o anúncio oficial da parceria com a Jeep ainda falta aprovação no Conselho Deliberativo. A reunião provavelmente acontecerá semana que vem. Em menos de 3 anos de gestão, esta será a segunda marca de veículos atraída para o Manto. Em 2013 e 2014, a Peugeot esteve nas costas da camisa, acima dos números. A empresa pagava cerca de R$ 10Mi/ano. Com readequação financeira para 2015, a tradicional marca francesa informou que não poderia mais bancar o aporte deste ano - o contrato se encerraria apenas em dezembro. A rescisão foi amigável e a empresa pagou multa de 5,5Mi. Tampouco houve tempo para lamentar, a Viton 44 que já patrocinava as mangas passou a ocupar também o espaço deixada pela montadora francesa, por 20Mi anuais.
Com a vinda da gigante norte-americana, o Flamengo aumenta ainda mais a distância para os concorrentes. O nosso clube está no lugar que lhe é de direito: Constando a maior arrecadação com patrocínios na camisa. Somados aos valores pagos pela Caixa mais os acima já citados, o Mengão ainda recebe cerca de R$ 3Mi da Tim e R$ 35Mi da Adidas anualmente.
Investimento no Brasil
A Jeep do Brasil inaugurou sua fábrica no país nesta terça-feira, dia 28, numa festa em Goiana, Pernambuco, com presença da presidente Dilma Rousseff e outros representantes políticos, como o governador Paulo Câmara, o ministro do Desenvolvimento, Armando Monteiro, o senador Humberto Costa e o presidente-executivo do grupo Fiat Chrysler, Sergio Marchionne. Segundo Sergio Marchionne, até o final do ano a fábrica vai gerar cerca de 9 mil empregos. Desde fevereiro o polo automotivo já estava montando o SUV Renegade. Em 2014, a fusão entre Fiat e Chrysler deu origem a FCA. A fábrica nordestina é a primeira a ser aberta depois da união das duas gigantes mundiais.
Na contramão da recessão, o presidente mundial da Jeep, Mike Manley, havia declarado em dezembro do ano passado que até o final de 2015 a marca multiplicará por quatro seu número de concessionárias no Brasil, até chegar a 200 lojas.
"No Brasil, que é o quarto maior mercado mundial de automóveis, somos muito conhecidos, mas estávamos gravemente limitados porque não fabricamos localmente. Agora vamos ter uma oportunidade que nunca antes tínhamos tido", declarou Manley em entrevista à agência Efe.
"'Quando penso no espírito do Brasil e no da Jeep, em grande medida os vejo estreitamente alinhados. Para mim, o Brasil é um país otimista e jovial, que quer explorar, fazer coisas, crescer. Isso está dentro do que a Jeep representa", ainda disse Manley, ressaltando a previsão de investir no Brasil cerca de R$ 4,5Bi nos próximos anos, sendo R$ 150Mi apenas para abertura de concessionárias.
Pelo visto, a Jeep pesquisou bem e escolheu a melhor marca no futebol para conquistar seus ambiciosos planos de expansão.