Flamengo é 2º no 'quadro de medalhas' do Brasil no ciclo de Paris 2024
O Flamengo se aproxima cada vez do posto de principal potência olímpica do esporte brasileiro. Chegando perto do fim de cada ciclo olímpico, o Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) divulga ranking nacional com medalhas de todos os 212 clubes. No período pré-Jogos Olímpicos de Paris 2024, o Mengão liderou em medalhas de ouro e ficou na segunda posição geral.
Vale destacar que o ciclo olímpico para Paris foi menor do que os anteriores, já que a edição de Tóquio foi adiada de 2020 para 2021 em função da Covid-19. O Flamengo aparece na segunda colocação com 172 pontos no período de três anos por ter conquistado 39 medalhas: 26 de ouro, nove de prata e quatro de bronze em diferentes categorias da base e do profissional. O único time à frente do Fla é o Pinheiros, com 48 medalhas e 203 pontos, enquanto o Minas fecha o pódio.
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Ultrapassar o Minas Tênis Clube é um feito significativo para o Flamengo e representa o ganho de uma posição em comparação com o ciclo de Tóquio. Agora, o clube pode definitivamente está na briga com Pinheiros e Minas pelo status de principal clube de esportes olímpicos do Brasil. Considerando também o futebol, o Rubro-Negro já é o maior no quesito.
Vale destacar que o Flamengo foi o clube que mais teve medalhas de ouro antes de Paris 2024. Nas modalidades adultas, a remo masculino e feminino, nado artístico feminino e ginástica artística feminina foram responsáveis por colocar o clube no lugar mais alto do pódio. Já polo aquático feminino e basquete receberam prata e bronze, respectivamente.
Mesmo tendo campeões olímpicos e atletas já consagrados internacionalmente no seu quadro de atletas, o Flamengo segue com foco na formação de talentos. Como resultado, a base olímpica rubro-negra conquistou medalhas de ouro: ginástica artística feminina, natação feminina, remo masculino e feminino, e voleibol feminino. Basquete 3 x 3 e natação masculina venceram pratas.
O clube faz questão de exaltar a participação de atletas do Fla nos Jogos Pan-Americanos de Santiago 2023. Foram 30 medalhas no total, sendo 82% nos ouros do Brasil no torneio: três de Guilherme Caribé recebeu e duas de Rebeca Andrade. Não a toa o Mengão já tem nove atletas classificados, e lista deve aumentar após convocações de esportes coletivos.
Veja top-5 do quadro de medalhas da CBC no clico Paris 2024 (2021-2024):
Clube | Ouro | Prata | Bronze | Total de medalhas |
Pinheiros | 23 | 17 | 8 | 48 |
Flamengo | 26 | 9 | 4 | 39 |
Minas | 7 | 10 | 9 | 26 |
Grêmio Náutico União | 6 | 6 | 10 | 22 |
Praia Clube | 11 | 3 | 3 | 17 |
Paulistano | 5 | 5 | 6 | 16 |
Desportivo Centro Olímpico | 3 | 6 | 3 | 12 |
Clube Paineiras do Morumbi | 0 | 7 | 3 | 10 |
Clube Campestre | 5 | 1 | 2 | 7 |
Botafogo | 1 | 6 | 1 | 8 |
Ex-VP, Alexandre Póvoa celebra momento dos Esportes Olímpicos do Flamengo
Vice-presidente da pta na gestão Bandeira de Mello, Alexandre Póvoa comentou a reestruturação que foi feita nos Espores Olímpicos do Flamengo. Em conversa com o Mundo Bola durante lançamento de livro sobre gestão Bandeira, nesta segunda-feira (29), o ex-dirigente lembrou dificuldades e exaltou disputa com Minas e Pinheiros.
“Foi um processo muito duro, complicado. A gente chegou lá e realmente a situação era muito difícil, sem querer criticar ninguém, até porque todos os rubro-negros do passado foram importantes para o que o Flamengo é hoje. Mas era um desequilíbrio muito grande em quesito de despesa. Tivemos que tomar medidas drásticas, mandar atletas embora, tinham salários atrasados de quatro meses, etc. Aos poucos conseguimos reestruturar as coisas, foram entrando nos eixos. Nossa ideia era que o Flamengo conseguisse sobrevier com Esportes Olímpicos autossuficiente. E a gente conseguiu fazer isso, tirando o remo (outra Vice-presidência)”, iniciou Póvoa, antes de completar:
“Mas no meio disso tivemos muitas vitorias, não só no vôlei, na natação, no polo aquático, na ginastica artísticas. Hoje, graças a Deus conseguimos lançar sementes para o clube ser o que é hoje. O Flamengo hoje disputa com Pinheiros e Minas o posto de maior potencia olímpica do Brasil. E o Marcelo Vido, que está lá até hoje, foi muito importante. A mistura do amador, que era eu, e o CEO que era o Vido deu muito certo. Até hoje a coisa vem dando certo.”
Jornalista graduado no Centro Universitário IBMR, 23 anos, natural do Rio de Janeiro. Amante da escrita e um completo apaixonado pelo Flamengo, vôlei e esportes olímpicos.