Final do Flamengo rende R$ 2 mi a Ferj, cronistas, escoteiros e Fugap
A torcida do Flamengo saiu decepcionada do Maracanã, mas muita gente fez a festa às custas da Nação com a renda recorde da História do futebol de clubes no Brasil. Cerca de R$ 2 milhões da renda declarda de R$ 26,3 milhões foram para os cofres da Ferj e outras três entidades.
A Federação de Futebol do Rio levou o equivalente a 5% da renda, ou seja, R$ 1.262.735. O Campeonato Carioca, organizado pela entidade, desde 2020 não paga premiação nenhuma ao vencedor.
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A segunda entidade beneficiada com a maior fatia da renda foi a Fugap (Fundação Garantia do Atleta Profissional). Foram R$ 428.982,75 para a entidade que tem como única fonte de receita 2% das rendas do Maracanã. Em 2017, a entidade alegou dificuldade para pagar as contas com o fechamento do estádio.
À época, os gastos mensais da Fugap eram de cerca de R$ 30 mil mensais com ex-atletas. Ou seja, a renda da final do Flamengo pagaria sozinha 14 meses de benefícios da entidade.
Lei beneficia escoteiros com parte da renda desde a ditadura
Outra associação que recebeu uma fatia da renda foi a União dos Escoteiros do Brasil. A entidade embolsou R$ 214.491,38. Uma lei estadual destina 1% da renda de todas as partidas do estádio à entidade desde os tempos da ditadura militar.
Por fim, a Acerj (Associação dos Cronistas Esportivos do Rio de Janeiro), que recebe 0,5% das rendas do Maracanã, embolsou R$ 107.425,69.
Descontando ainda os custos operacionais da partida e R$9,5 milhões que só foram adicionados ao borderô para cumprir uma exigência da CBF mas não foram efetivamente arrecadados, o Flamengo ficou com uma renda líquida de cerca de R$ 11,2 milhões.
Na prática, isso significa que, dos R$ 279 pagos em média por ingresso, R$ 185 foram para o Flamengo, R$ 20 para a Ferj, R$ 7 para a Fugap, R$ 3,50 para a União dos Escoteiros e R$ 1,75 para a Acerj.