Filipe Luís precisa fazer escolhas difíceis para atacar ponto fraco do Bahia, diz analista

Atualizado: 10/05/2025, 11:56
Filipe Luís na beira do campo do Flamengo

O sábado (10) marca o jogo do Flamengo contra o Bahia, no Maracanã, e Filipe Luís precisa dar uma resposta rápida após a derrota para o Cruzeiro e o empate com o Central Córdoba.

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Para isso, é preciso tomar algumas decisões importantes, segundo o analista tático Victor Nicolau, do canal Falso Nove

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Ele afirma que Filipe Luís precisa ser incisivo nas escolhas, ignorando as prováveis críticas que ele receberia por determinadas escolhas.

"É um time que tem condição de jogar e atacar o ponto fraco do Bahia se o Filipe Luís fizer escolhas difíceis e colocar jogadores que não sejam os queridinhos da torcida nesse momento. Ou até tomar decisões que podem ser interpretadas como 'pardalização' se ele inverter esses pontas e tiver mais velocidade, tempo e espaço para colocar essa bola na área", avisa.

Gerson recuado, Luiz Araújo e Michael titulares

O analista está falando da opção de Filipe Luís colocar Michael, muito criticado, como titular. Além dele, Luiz Araújo jogaria pelo meio, enquanto Gerson ficaria mais recuado.

"Tiraria o Léo Pereira. Gosto dele, mas é momento de ser preservado. Traria o Gerson para corredor central, como volante, nesse jogo. No lugar do Gerson, que seria mais a frente, colocaria Luiz Araújo, e no Cebolinha, iria com Michael", inicia.

Ele explica o motivo dessas mudanças e explica que o modelo de jogo do Bahia dificultaria uma escolha diferente por parte de Filipe Luís.

"O maior desafio do Flamengo será marcar alto. Minha escolha passaria por aí, com Luiz Araújo e Michael. O Filipe Luís tem utilizado esse triângulo na frente para fazer a marcação alta. O Pedro marca mais recuado, os jogadores que ficam no corredor central. O Arrascaeta vai no zagueiro pelo lado direito, na construção. E o Luiz Araújo, no zagueiro pelo lado esquerdo. O Gerson é quem faz esse papel, geralmente", comenta.

Acontece que o Coringa pode ser mais valioso no meio-campo, pensando no domínio em campo.

"O Gerson é mais forte, mas tem menos aceleração para isso. E essa força seria mais útil no corredor central. Especialmente para manter domínio territorial, que vai ser muito difícil. Esse Bahia tem capacidade de tirar a bola do Flamengo. Isso pode gerar uma superioridade numérica por dentro, o Bahia faz esse 3-2-5, e o Pedro pode ficar em um contra dois", avisa.

Dupla formada por Pedro e Arrascaeta atrapalha pressão alta

O analista explica ainda como deve funcionar a marcação de Pedro na partida, e a importância de Luiz Araújo no esquema.

"De início deixaria uma sobra, o Pedro mantido no Acevedo para não participar dessa marcação mais alta. Quando a bola chegar no Mingo, o Luiz Araújo subiria a pressão, e o Wesley, subiria para encaixar no Luciano Juba. Assim, o Flamengo pode gerar encaixes individuais pelo campo inteiro durante essa pressão alta como o Flamengo do Filipe Luís lá atrás estava fazendo. Isso pode gerar algumas fragilidades, mas manteria o Flamengo no domínio territorial", diz.

Falso Nove explica que ter Arrascaeta e Pedro no ataque significa a necessidade de uma reorganização contra esse Bahia para que a marcação alta funcione.

"O cenário mais complexo é quando o Bahia vencer essa primeira construção. Marcar alto durante o tiro de meta do Bahia, é ok. Mas marcar alto e de forma enérgica nessa progressão do Bahia vai ser difícil. Foi assim que o Flamengo sofreu contra Cruzeiro e Central Córdoba. E pode sofrer de novo, com a dupla Arrasca e Pedro nesse cenário de três contra dois. Para evitar isso, o Flamengo precisaria ser enérgico com os pontas. Por isso, Luiz e Michael", explica.

Bola cruzada é principal alternativa para atacar Bahia

Por fim, ele explica que a principal fragilidade do Bahia é pelo alto, o que propicia ataques pelas laterais, que o Flamengo deve priorizar para o levantamento da bola.

"A melhor opção para atacar esse Bahia é pesar a área e cruzar bolas. Uma das opções é tirar Wesley desse jogo, colocar o Varela e deixar o Luiz Araújo mais na amplitude, ou até inverter o Luiz pela esquerda com o Michael pela direita. Ficaria mais rápido e dinâmico acionar o ponta, pesar a área e fazer eventuais cruzamentos. Do outro lado, a mesma coisa, a bola indo até o Michael, e até conseguiria pesar mais a área", analisa.

Apesar da possibilidade de tirar Wesley, o analista diz que optaria por continuar com o jovem lateral-direito.

"O Luiz Araújo tem mais essa característica do que o Arrascaeta.  Mas eu manteria o Wesley. Ele pode ultrapassar por dentro. Tem algumas alternativas para atacar o Bahia, mas não é tão simples. Com Pedro e Arrascaeta, vai precisar organizar o resto do time todo para ser mais pressionante", finaliza. Veja a análise completa abaixo.