Filipe Luís assume erro e normaliza vaias: 'Pressão que me desafia'

Filipe Luís concedeu entrevista coletiva após a derrota do Flamengo para o Central Córdoba por 2 a 1, nesta quarta-feira (9), no Maracanã, pela segunda rodada da Libertadores. O treinador rubro-negro assumiu que errou na avaliação da equipe que começou a partida e também nas mudanças que fez na segunda etapa, além de normalizar as vaias vindas da torcida.
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"Já fomos vaiados em vários jogos. Sampaio Correia no Carioca, empatamos o primeiro tempo e as vaias vieram. No Flamengo é isso, normal, estamos acostumados, amamos estar aqui, escolhemos. Tem um peso vestir essa camisa, é o clube que mais cobra do Brasil. Esses jogadores estão preparados e eu também para enfrentar essa pressão. Uma pressão que desafia, faz crescer e ser melhor. Conquistar o carinho da torcida no campo, não falando", disse.

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Em seguida, falou sobre com a decisão de armar o time titular sem Gerson, Wesley e Pulgar. Filipe afirma que a decisão do 11 inicial se baseou principalmente no plano de jogo para enfrentar os argentinos, além de consequentemente descansar os jogadores. Mas o time foi para o intervalo perdendo por 2 a 0, e o técnico os colocou em campo já no retorno do vestiário.
"A escolha dos jogadores que foram a campo foi uma decisão minha. Eu acreditava que eram os melhores para vencer a partida. Era um time com certeza forte e sólido. Erick vem em uma sequência de jogos e minutos muito alta. A intenção era quebrar a sequência. Gerson vem de lesão, Wesley a mesma coisa. O Varela, para mim, foi o melhor jogador na Venezuela. Acreditava que ele, principalmente pela transição do adversário, seria importante", disse.
O treinador rubro-negro entende que as críticas apontem para a ausência dos jogadores no tempo que o time perdeu por 2 a 0. Ele entende que são reclamações motivadas pelo resultado, o que classifica ser justo após uma derrota inesperada dentro de casa.
"Não tenho dúvida que vou ser cobrado por isso, A responsabilidade é toda minha pelas escolhas que eu tomo para tentar vencer o jogo. Futebol acontece isso, nem sempre a gente ganha e vão falar dos jogadores que não estavam. Queria ganhar, se tivesse poupado os 11 e vencido não estariam falando nada. Infelizmente não foi assim, então sei que virão criticas pelas decisões. E justas", completou.
Treinador reconhece culpa por desorganização no 2º tempo
Filipe Luís entende que também errou nas mudanças que fez na segunda etapa. Além do trio que entrou no intervalo, o treinador colocou Pedro e Luiz Araújo na tentativa de virar o placar. Mas o resultado foi uma desorganização ofensiva e ainda mais dificuldade para armar as jogadas contra a recuada defesa do Central Córdoba.
Além disso, o treinador entende que o time não soube reagir ao placar adverso também por estar muito tempo sem precisar correr atrás de um placar dessa forma. A solução apontada é trabalhar esses quesitos no dia a dia.
"Estávamos fazendo um bom jogo. A partir do gol, começamos a acelerar mais, ficamos ansiosos. O principal motivo são as minhas escolhas, como falo para eles e para vocês, sou eu que escolho a tática. Se em algum momento eles não se sentiram confortáveis, ou dominando os espaços, isso é culpa do treinador. Não soubemos lidar com o placar adverso, muito tempo sem estar atrás do placar dessa forma e instaurou o caos", disse, antes de completar:
"Acredito que o caos se instaurou. Falo que é culpa do treinador porque eu, também querendo ganhar e arriscar cada vez mais, coloquei muitos jogadores de ataque em posições que muitas vezes não eram as melhores. Eles não se sentiram confortáveis com isso. Então eu mudei a estrutura do time para tentar vencer de uma forma que não havíamos treinado. Não só eu fiz o time jogar pior, mas também sofremos algumas transições."