Executivo diz que Odebrecht pagou propina ao TCE por concessão do Maracanã
O "Fantástico", da TV Globo, revelou neste domingo o trecho da delação de Leandro Azevedo, ex-diretor de Contratos da Odebrecht, na qual ele afirma que pagou propina ao presidente do Tribunal de Contas do Estado do Rio, Jonas Lopes, para que ele aprovasse a concessão do Maracanã à empresa. A denúncia pode acabar levando a uma invalidação da concessão e consequentemente das negociações para a transferência do controle do estádio a outro consórcio. Na última sexta-feira, o governo do Rio publicou no Diário Oficial a criação de uma comissão para avaliar se os grupos que pleiteiam assumir o estádio estão qualificados para tal.
Na delação revelada pelo "Fantástico", Azevedo diz que foi instruído em 2013 pelo então secretário de Governo, Wilson Carlos - preso na Operação Calicute juntamente com o ex-governador Sérgio Cabral - a procurar Lopes para tratar da concessão. Azevedo teria acertado então o pagamento de propina de R$ 4 milhões dividida em quatro parcelas semestrais de R$ 1 milhão. Apenas a primeira parcela, no entanto, teria sido paga, já que na sequência estourou a Operação Lava-Jato.
Azevedo conta ainda que em dezembro de 2014 foi pressionado por Lopes pelo atraso da segunda parcela. Lopes afirmava estar sofrendo pressão dos outros conselheiros, dando a entender que dividiu a propina com os outros integrantes do TCE.
Essa é a segunda suspeita de propina que surge sobre o vencimento do edital de concessão do Maracanã pelo consórcio formado por Odebrecht, IMX e AEG. No início do mês, o colunista do "Globo" Lauro Jardim revelou que o Ministério Público suspeita que um pagamento de R$ 1 milhão feito pela EBX, de Eike Batista, controladora da IMX, ao escritório da ex-primeira-dama Adriana Ancelmo - também presa na semana passada - seja propina pela concessão do estádio.
A anulação da concessão de 2013 seria uma esperança para que o Flamengo voltasse a pleitear assumir a administração do estádio, já que ao decidir pela transferência de controle em vez de uma nova licitação o governo Pezão manteve a proibição para que clubes participem dos consórcios que amdinistram o Maracanã.
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