Ex-Jorbison, Maxwell revela arrependimento e detalhes do Hexa do Flamengo

O ex-lateral-esquerdo Maxwell, antes conhecido como Jorbison, fez parte do elenco do Flamengo que conquistou o Brasileirão de 2009. 16 anos depois, o ex-jogador conversou com a reportagem do MundoBola Flamengo e demonstrou arrependimento por ter mudado seu nome para alterar a idade na base, o famoso 'gato'. Além disso, contou bastidores do hexacampeonato rubro-negro.
➕ Andrade sobre o hexa em 2009: "Não tinha chances de dar errado"
Fora do Flamengo, Maxwell passou por clubes como Artsul, Duque de Caxias, Corinthians Alagoano, Colorado AC, Guaratinguetá, Desportivo Ferroviária, Boca Júnior-SE, Sergipe, Murici, Amazonas, River-PI, Juazeiro, Anapolina, Moto Club e Rio Negro-AM.

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A entrevista na íntegra de Maxwell, ex-Jorbison, ao MundoBola Flamengo
Como foi sua chegada ao Flamengo após deixar o Artsul, time do interior do Rio? Se assustou com algo?
Maxwell: Comecei na categoria infantil do Artsul, em 2006. No ano seguinte, recebi o convite para fazer parte do juvenil do Flamengo. Confesso que, quando cheguei ao clube, foi a realização de um sonho, afinal, era a maior equipe do Brasil. Levei semanas para me adaptar. Lembro que minha estreia foi contra o Vasco, de Alex Teixeira e outros grandes jogadores. Vencemos.

Você jogou três jogos da campanha do título brasileiro de 2009 pelo Flamengo. Qual foi o motivo para não ter mais oportunidades no clube?
Maxwell: Fui promovido aos profissionais depois da Copinha pelo técnico Cuca, no ano em que o Flamengo foi campeão brasileiro. Fiz parte de uma geração vitoriosa, com Adriano, entre outros, e era reserva imediato de Juan. Após a saída do Cuca, Andrade assumiu e tive apenas duas oportunidades. Como o Juan estava bem, quando ele não jogava, o treinador optava pelo Everton. Acabei virando terceira opção, com apenas 17 anos.

Nestes três jogos, qual acredita que foi seu melhor desempenho?
Maxwell: Apesar de ter sido titular contra o Barueri, meu melhor jogo foi na derrota para o Cruzeiro, no Maracanã. Era a despedida do Sheik e meu segundo jogo como titular. Fiz o cruzamento para o gol dele. Quando a partida estava empatada, fui substituído por Rafael Galhardo, e o time sofreu a virada.
Além de Adriano e Emerson Sheik, o elenco contava com nomes como Léo Moura, Petkovic e Zé Roberto. Como foi dividir o vestiário com esses craques?
Maxwell: Um privilégio. Foram cinco anos no Flamengo, com muitos aprendizados. Léo Moura, meu amigo, me dava conselhos sobre posicionamento, cruzamentos e calma em campo.

Lembro de momentos marcantes, como quando, após a goleada sofrida para o Coritiba, um líder da torcida cobrou na Gávea: 'Próximo jogo vai ser no Maracanã contra o Santo André, queremos raça'. Vencemos, e aquilo virou a chave da campanha.
Também recordo que, antes de enfrentar o Atlético-MG, Isaias Tinoco (ex-diretor) disse que aquele seria o jogo-chave para o título: 'O jogo para ser campeão será o próximo'. Eu, jovem, estranhei, mas ele explicou que era um adversário direto. Ganhamos por 3 a 1.
Em 2012, veio a revelação sobre seu nome verdadeiro. Faria diferente?
Maxwell: Teve esse lance na minha carreira que ficou marcado, foi um divisor de águas. Hoje, todo mundo sabe que Jorbison, lateral-esquerdo que surgiu no Flamengo, não era Jorbison, e sim Maxwell. Quando iniciei minha carreira no futebol, infelizmente tomei uma decisão de forma errada e equivocada, contra a decisão da minha mãe. Eu apenas quis ser beneficiado e acabei indo dessa forma errada.
Depois de seis anos, refleti sobre a vida e perguntei a Deus se Ele poderia me dar uma segunda chance. Minha mãe não estava feliz, eu não tinha alegria, e Deus tocou no meu coração que era o momento de recomeçar. Contei a verdade para o Flamengo, para o empresário, e todos ficaram surpresos. Saí pela porta da frente do Flamengo, recomeçando minha carreira no Corinthians Alagoano. Me arrependo de ter feito isso.
Após contar a verdade, pude jogar mais 12 anos profissionalmente, mas, há dois anos, encerrei minha carreira. Hoje tenho 36 anos e sou grato ao futebol por todas as experiências vividas. A maior decisão que eu tive foi ter contado a verdade. Depois disso, tive minha família, conheci minha esposa e sou casado há mais de 11 anos. As duas maiores conquistas que posso falar que tenho foram minha família e o título brasileiro de 2009 com o Flamengo. Em 2010, joguei o pré-Sub-20 pela Seleção Brasileira no Uruguai, fomos vices. Joguei com Alan Patrick e Oscar. Só tenho a agradecer a Deus.
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— MundoBola Flamengo (@MundoBolaFla) July 29, 2025
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Fomos às ruas, ao Maraca, aos bares e às redes — e perguntamos direto pra quem realmente importa: qual o melhor reforço do pacotão do Boto? E ainda teve rubro-negro sonhando alto e soltando o nome de um que nem… pic.twitter.com/iTEbKx4100














