Ex-Flamengo é cotado para cargo de diretor de seleções da CBF

17/01/2024, 10:57
Rodrigo Caetano, ex-Flamengo e Vanderlei Luxemburgo durante treino no Ninho do Urubu em 2015.

Após definir Dorival Júnior como o novo técnico da Seleção Brasileira, a CBF agora busca nomes para preencher o cargo de diretor de seleções. O principal alvo da entidade, inclusive, é outro ex-Flamengo: Rodrigo Caetano. O dirigente esteve na Gávea entre os anos de 2014 e 2018 e fez parte da reconstrução do clube. No entanto, sua passagem é alvo de críticas por parte da Nação até os dias de hoje.

Rodrigo Caetano chegou no Flamengo já no fim de 2014, como nome forte da gestão Bandeira de Mello para o cargo de diretor-executivo do clube. Foi no Mais Querido onde o dirigente que já tinha passagens por equipes como Grêmio, Vasco e Fluminense teve seu trabalho mais contestado.

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Com o Flamengo passando por período de reconstrução, Rodrigo teve que contar com um orçamento reduzido por boa parte de sua passagem pelo clube. Mesmo assim, o dirigente não mediu esforços e comandou uma grande onda de contratações durante o período, muitas delas extremamente criticadas pela torcida rubro-negra.

Por mais que nomes como Diego Ribas, Everton Ribeiro e Diego Alves tenham sido acertos, a passagem do diretor gaúcho pelo Mais Querido foi marcada pelo alto número de jogadores contratados sem sucesso no clube. Entre eles, cabe apontar atletas como Paolo Guerrero, Alex Muralha, Henrique Dourado, Berrío, Conca e muitos outros.

Falta de autoridade também foi motivo de críticas

Além da grande quantidade de contratações falhas, Caetano também foi muito questionado pela falta de cobranças ao elenco do Flamengo. Se o número de jogadores chegando no clube era alto, a autoridade do dirigente no vestiário rubro-negro não se fazia presente, o que virou motivo de críticas para a Nação.

Na metade de 2018, seu trabalho no Rubro-Negro chegou ao fim. Pela primeira vez em mais de 10 anos de carreira, Rodrigo Caetano foi demitido de um clube onde prestava serviços. Em entrevista para o GE, a primeira após ser desligado do Flamengo, o dirigente revelou que o principal motivo alegado pelo então presidente Bandeira de Mello para a demissão foi o desgaste.

”Prefiro acreditar que minha demissão não teve nada de pessoal. Meu desgaste (no clube) era pelo tempo. Pelo o que li na imprensa, parece que a minha demissão também foi um desejo de alguns vice presidentes. Sempre tive o maior respeito por todos. Mas agora isso é o que menos importa para mim”, disse Rodrigo.

Meses depois, Caetano concedeu nova entrevista, desta vez ao jornal O Globo. Retornando ao assunto sobre sua passagem pelo Flamengo, o dirigente se defendeu quanto às críticas envolvendo a forma como cobrava o elenco rubro-negro.

“Eu não exponho ninguém. As pessoas confundem isso com falta de comando. Não tem que legislar em causa própria. Não me arrependo e não vou fazer diferente. Se perguntar para o atleta profissional qual a linguagem que ele respeita, é uma cobrança interna e fechada. Sempre me taxavam de ser chato. No Flamengo era o contrário? Eu fui atleta, fui jogador, sei que existem alguns códigos. Aceitam qualquer cobrança, mas interna. Para fora, esquece”, disse Rodrigo.

Filipe Luís recusou cargo executivo na Seleção

Após o retorno de Ednaldo Pereira a presidência da CBF, o cartola definiu Filipe Luís como seu principal alvo para o cargo de coordenador de seleções.

Recentemente aposentado como jogador, Filipe afirmou a interlocutores que ficou “extremamente honrado” com o convite, mas que seu objetivo é seguir a carreira de treinador. Além disso, o ex-lateral revelou que o momento atual é de extrema relevância para que ele se consolide como técnico de futebol.

O cargo, inclusive, está vago há mais de um ano. O último coordenador técnico da Seleção Brasileira foi Juninho Paulista, que fazia parte da comissão técnica de Tite, atual treinador do Flamengo.


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