Ex-executivo do Vasco destaca trabalho feito pelo Flamengo na base

25/01/2024, 07:58
Carlos Brazil, ex-gerente de transição da base do Vasco, fala bem do Flamengo em podcast

O trabalho do Flamengo com seus jovens da base é muito cuidado e mesmo os rivais reconhecem isso. Caros Brazil, ex-executivo do Vasco, participou do Fora do Jogo e falou sobre como funcionam alguns pontos nas categorias de base. É claro que o Mais Querido foi citado por seu excelente trabalho.

Seja para estourar com jovens promessas ou garotos com menos potencial, o Flamengo sempre sabe o que fazer e em qual momento com suas joias. Carlos explica que o clube já possui um setor comercial que se une ao da base e o diretor de transição trabalha diretamente para valorizar os ativos do clube.

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Ou seja, ainda que seja um jogador que não vá ser aproveitado no profissional do clube, cada nome tem um projeto diferente. Até porque o clube gasta cerca de R$ 300 a R$ 500 mil na formação de cada atleta. Emprestando ou vendendo, o clube valoriza seus jogadores para não ter prejuízo. Não é só vender os mais diferenciados por quantias exorbitantes.

“Se não tivesse condições, ele não estava no Sub-20 do Vasco, gente. Não estava no Sub-20 do Flamengo, do Palmeiras. Ele tem condições de bater no profissional. Ficar é outra história. Mas você valorizou ele no mercado. E aí quando você tem o trabalho paralelo comercial, onde não é o agente trabalhando no mercado, mas sim o próprio cube. O Flamengo já tem isso. Diretor de transição trabalhando para um cara comercial, o tempo todo. Esses caras botam os meninos no mercado. Ou emprestado, ou vendido, ou com parceria. Depende, eles sabem o momento”, explica Carlos Brazil.

Carlos Brazil exemplifica com Matheus Gonçalves

Para explicar, Carlos Brazil citou o nome de Matheus Gonçalves. O bom jogador tem potencial, mas não seria tão aproveitado pelo Flamengo em 2023. Por isso, o clube viabilizou um empréstimo estratégico para uma boa equipe.

O Red Bull Bragantino, afinal, tem hoje uma boa equipe. Tanto que brigou na parte de cima da tabela do Brasileiro. E Matheus Gonçalves teve tempo de jogo e foi importante na campanha. Outro caso é o de Matheuzinho, que teve um problema com seu empréstimo ao Corinthians e precisou voltar, mas antes, a ideia de cedê-lo ao clube paulista era boa. Mesmo que fosse reserva, Matheuzinho entraria bastante no lugar Fagner e valorizaria.

“O Flamengo está sendo muito cuidado com isso. Tenho visto isso no mercado. Coloca jogadores onde efetivamente vão jogar. O Matheus Gonçalves foi para o RB Bragantino e jogou. Eles querem que o menino jogue. Um clube grande, ok. Ainda que vá para a reserva. O Matheuzinho está indo para o Corinthians, legal, reserva do Fagner. O Fagner talvez não aguente jogar o ano inteiro. Aí é legal. Agora, ser reserva do Bangu, não desmerecendo, mas é um clube menor. Você desvaloriza o teu ativo”, explica.


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