Ex-dirigente do Flamengo rebate informação envolvendo possível venda de Gerson

Atualizado: 08/06/2025, 08:51
diogo lemos em jogo do flamengo no maracanã

A renovação de contrato de Gerson com o Flamengo, que ocorreu em abril deste ano, ganhou novos capítulos e polêmicas nos últimos dias. Após o jornalista Venê Casagrande divulgar que o clube pode receber até R$ 209 milhões caso o volante decida sair rumo ao Zenit, da Rússia.

Ancelotti e Gerson conversam bastante em treino da Seleção Brasileira

Seriam 25 milhões de euros (R$ 159 milhões) da multa rescisória e mais 8 milhões de euros (R$ 50 milhões) referentes aos direitos de imagem. No entanto, o ex-vice-presidente de Gabinete da Presidência e atual membro dos Conselhos Deliberativo e de Administração do clube, Diogo Lemos, contestou a versão.

Superbet
Superbet
4/5
proApostas ao Vivo

Autorizada pela Portaria SPA/MF Nº 2.090, de 30 de dezembro 2024 | +18 | Publicidade | T&C Aplicam-se | Jogue com Responsabilidade.

“Não existem esses R$ 50 milhões”, disparou Lemos em declarações publicadas em seu perfil em rede social. “Quem propagou esse fake, fez para que o responsável pelo erro pare de ser criticado e está tentando reverter a narrativa usando jornalista, youtuber e perfis como o seu para reverberar a mentira”, completou, ao responder um torcedor.

Segundo o jornalista Venê Casagrande, no contrato renovado entre o Rubro-Negro e o "Coringa", existe uma cláusula que garante ao Mengão uma compensação adicional em caso de quebra de vínculo sem justa causa.

Ou seja, caso Gerson decida sair unilateralmente e pague a multa rescisória para acertar com o Zenit, o Flamengo poderá exigir, além da multa, o pagamento integral do valor de direito de imagem previsto até o fim do contrato, que vai até 2030.

Atualmente, esse valor está estimado em R$ 50 milhões, o que, somado aos quase R$ 160 milhões da multa rescisória, eleva a possível arrecadação do Flamengo para cerca de R$ 210 milhões (quase 33 milhões de euros na cotação atual).

Multa de Pulgar também teria sofrido redução

Diogo Lemos, no entanto, rejeita esse entendimento jurídico e aponta falhas na condução dos contratos recentes. Além disso, destacou que Gerson não foi o único jogador a ter multa reduzida em renovação de contrato, sendo Pulgar outro jogador que teve a cláusula de rescisão reduzida. O camisa 8 tinha multa estimada em 200 milhões de euros, até renovar e abaixar para € 25 milhões.

"Não existe multa sobre imagem com pagamento integral da multa rescisória. O pagamento da multa anula qualquer outra cláusula", argumentou. E foi além: "O contrato do Gerson não foi o único que teve a multa reduzida drasticamente. O do Pulgar também saiu de € 50 milhões para € 5 milhões após a renovação. Pelo visto, virou padrão. Difícil entender", disparou.

Para o dirigente, há um problema maior sendo ignorado: a forma como o clube, segundo ele, tem se guiado pelas pressões digitais. "Hoje, o clube governa de olho nas redes para evitar críticas e desgastes, mesmo que talvez não seja a melhor decisão para a instituição. Caminho perigoso", alertou.

Diogo Lemos foi membro da diretoria de Rodolfo Landim, ex-presidente do Flamengo, e participou ativamente da candidatura de Rodrigo Dunshee, que concorreu ao pleito na última eleição, vencida por Luiz Eduardo Baptista (Bap).


James Brito
Autor
26 anos, natural de Vitória da Conquista (BA), jornalista em formação pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb). Curioso por natureza, busca no esporte um campo infinito para observar, aprender e comunicar.