Ex-dirigente do Flamengo rebate informação envolvendo possível venda de Gerson

A renovação de contrato de Gerson com o Flamengo, que ocorreu em abril deste ano, ganhou novos capítulos e polêmicas nos últimos dias. Após o jornalista Venê Casagrande divulgar que o clube pode receber até R$ 209 milhões caso o volante decida sair rumo ao Zenit, da Rússia.
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Seriam 25 milhões de euros (R$ 159 milhões) da multa rescisória e mais 8 milhões de euros (R$ 50 milhões) referentes aos direitos de imagem. No entanto, o ex-vice-presidente de Gabinete da Presidência e atual membro dos Conselhos Deliberativo e de Administração do clube, Diogo Lemos, contestou a versão.

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“Não existem esses R$ 50 milhões”, disparou Lemos em declarações publicadas em seu perfil em rede social. “Quem propagou esse fake, fez para que o responsável pelo erro pare de ser criticado e está tentando reverter a narrativa usando jornalista, youtuber e perfis como o seu para reverberar a mentira”, completou, ao responder um torcedor.
Alexandre, não existem esses R$ 50 milhões.
— Diogo Lemos (@diogolemosrj) June 7, 2025
Quem propagou esse fake, fez para que o responsável pelo erro pare de ser criticado e está tentando reverter a narrativa usando jornalista, youtuber e perfis como o seu para reverberar a mentira.
Hoje, o clube governa de olho nas… https://t.co/wwNvKJic30
Segundo o jornalista Venê Casagrande, no contrato renovado entre o Rubro-Negro e o "Coringa", existe uma cláusula que garante ao Mengão uma compensação adicional em caso de quebra de vínculo sem justa causa.
Ou seja, caso Gerson decida sair unilateralmente e pague a multa rescisória para acertar com o Zenit, o Flamengo poderá exigir, além da multa, o pagamento integral do valor de direito de imagem previsto até o fim do contrato, que vai até 2030.
Atualmente, esse valor está estimado em R$ 50 milhões, o que, somado aos quase R$ 160 milhões da multa rescisória, eleva a possível arrecadação do Flamengo para cerca de R$ 210 milhões (quase 33 milhões de euros na cotação atual).
Multa de Pulgar também teria sofrido redução
Diogo Lemos, no entanto, rejeita esse entendimento jurídico e aponta falhas na condução dos contratos recentes. Além disso, destacou que Gerson não foi o único jogador a ter multa reduzida em renovação de contrato, sendo Pulgar outro jogador que teve a cláusula de rescisão reduzida. O camisa 8 tinha multa estimada em 200 milhões de euros, até renovar e abaixar para € 25 milhões.
"Não existe multa sobre imagem com pagamento integral da multa rescisória. O pagamento da multa anula qualquer outra cláusula", argumentou. E foi além: "O contrato do Gerson não foi o único que teve a multa reduzida drasticamente. O do Pulgar também saiu de € 50 milhões para € 5 milhões após a renovação. Pelo visto, virou padrão. Difícil entender", disparou.
Para o dirigente, há um problema maior sendo ignorado: a forma como o clube, segundo ele, tem se guiado pelas pressões digitais. "Hoje, o clube governa de olho nas redes para evitar críticas e desgastes, mesmo que talvez não seja a melhor decisão para a instituição. Caminho perigoso", alertou.
Diogo Lemos foi membro da diretoria de Rodolfo Landim, ex-presidente do Flamengo, e participou ativamente da candidatura de Rodrigo Dunshee, que concorreu ao pleito na última eleição, vencida por Luiz Eduardo Baptista (Bap).