O estádio do Flamengo está perto de se tornar uma realidade, apesar de haver ainda um longo caminho de procedimentos para percorrer. No MRN você fica sempre muito bem informado e a par de cada passo que o Flamengo está dando em direção a essa conquista histórica. Avance na leitura e saiba o que está em jogo nessa mega empreitada.
O estádio do Flamengo vai sair ou não vai?
Como já noticiamos aqui no MRN, o Flamengo está em negociações avançadas para a compra do terreno onde será o seu futuro estádio. Tudo leva a crer que a arena será erguida na região do gasômetro, área que, para o presidente Rodolfo Landim, é mais vantajosa do que a Barra, a outra opção, pela questão do acesso.
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A propósito, o gasômetro fica a apenas 3 quilômetros do Maracanã, cuja localização é considerada perfeita para a maioria dos cariocas. De qualquer forma, o clube ainda depende do aval da Caixa Econômica, que exige a apresentação de um projeto mais consistente por parte do Fla, como também já divulgamos por aqui.
Leia novamente a declaração de Carlos Antônio Vieira Fernandes, presidente do banco:
“Nós tivemos uma conversa, que ainda não está totalmente definida, porque o clube tem a ideia do aproveitamento de um bem patrimonial que pertence a um fundo de investimento da Caixa, na área do gasoduto, mas ainda é uma coisa muito incipiente. Queremos ajudar nisso, mas ainda não existe projeto, tampouco uma solução jurídica quanto ao formato de negócio. Só que, neste momento, não tem modelo; é só uma proposta”
Hoje, qual é o estádio do Flamengo?
Até que o futuro estádio Arthur Antunes Coimbra seja uma realidade, é no Maracanã que o Flamengo mandará seus jogos.
Para os rivais que dizem que o Flamengo não tem estádio, basta lembrar dos 10 maiores públicos de todos os tempos do estádio Mario Filho:
- 1°: Brasil 1 x 0 Paraguai — 195.513 em 31/08/1969;
- 2°: Flamengo 0 x 0 Fluminense — 177.020 presentes em 15/12/1963;
- 3°: Flamengo 3 x 1 Vasco — 174.770 presentes em 04/04/1976;
- 4°: Brasil 4 x 1 Paraguai — 174.599 presentes em 21/03/1954;
- 5°: Brasil 1 x 2 Uruguai — 173.850 presentes em 16/07/1950;
- 6°: Fluminense 3 x 2 Flamengo — 171.599 presentes em 15/06/1969;
- 7°: Flamengo 0 x 0 Vasco — 165.358 presentes em 22/12/1974;
- 8°: Brasil 6 x 0 Colômbia — 162.764 presentes em 09/03/1977;
- 9°: Flamengo 2 x 1 Vasco — 161.989 presentes em 06/12/1981;
- 10°: Flamengo 1 x 0 Vasco — 160.342 presentes em 06/05/1973.
Ou seja, dos dez maiores públicos, mais da metade foram registrados em jogos do Flamengo. Sem o Flamengo, provavelmente o Maracanã não se sustentaria, considerando que Vasco e Botafogo jogam em outros estádios.
Então, evocando o princípio de usucapião, o Maraca é nosso de fato e de direito, ainda mais porque, desde 2019, dividimos a gestão da arena com o Fluminense.
Como seria o novo estádio do Fla?
Uma das questões que vem sendo levantada nas redes sociais pelos rubro negros é sobre como o estádio do Mengão deverá ser.
Independentemente do estilo arquitetônico, pelo menos para o atual presidente Rodolfo Landim, o estádio do Flamengo não poderá ser chamado de “tapetinho”. Em matéria do jornal Extra, o mandatário rubro negro enfatizou que o campo será de grama natural e o estádio só deverá sediar partidas de futebol. Nada de shows e eventos na futura casa do Mengão.
De onde sairão os recursos para o estádio novo do Flamengo?
Eis o ponto mais controverso do futuro estádio do Fla. Isso porque a atual diretoria defende que o Flamengo mude seu modelo de gestão para SAF, pois entende que essa seria uma forma de arrecadar recursos que não comprometeria os investimentos, principalmente no futebol.
A respeito disso, recomendo fortemente a leitura da série de artigos escritos pelo advogado Walter Monteiro, candidato à presidência em 2021 com exclusividade para o MRN.
Para resumir, o que está em jogo é uma acumulação de poder sem precedentes na história do Flamengo, e um enfraquecimento potencialmente irreversível do regime democrático que existe no clube. Será que um estádio vale isso tudo?
Que vantagens um estádio próprio representa?
A verdade é que o Maracanã vem se tornando cada vez mais difícil de gerir, em razão principalmente das constantes — algumas absurdas — exigências do governo do estado nos editais para concessão da sua gestão. O que por um lado não deixa de ser bom, já que as negociações cada vez mais difíceis parecem estar acelerando o processo de construção de um estádio para o Fla chamar de seu.
Como destacou Rodrigo Matos em sua coluna, via de regra o Flamengo fica com menos da metade das receitas geradas pela bilheteria do Maracanã. O colunista destaca que em competições como a Libertadores, em que as despesas são maiores, o percentual é ainda menor: apenas 37% da renda vai para os cofres do Fla.
Com um estádio próprio, apesar das despesas, esse volume certamente será bem maior, isso sem contar que não terá mais que arcar com despesas geradas pelos jogos de outros clubes. Portanto, o estádio do Flamengo é um sonho que, aos poucos, vai saindo do papel para se tornar realidade, para a alegria não só da Nação, como para as futuras gestões do clube. Nossos cofres também agradecem!