Estádio do Flamengo: Prefeitura consegue vitória importante na batalha judicial contra a Caixa por terreno do Gasômetro

14/08/2024, 17:21
Juiz que concedeu liminar suspendendo leilão em ação do advogado Vinicius Custódio, única vitória da Caixa até agora, abre mão de processo

A Prefeitura do Rio conseguiu uma vitória importante em relaçã ao estádio do Flamengo no antigo terreno do Gasômetro na batalha judicial contra a Caixa Econômica Federal e a Advocacia Geral da União. É mais um capítulo para manter válido o leilão que vendeu o terreno, que pertencia a um fundo administrado pela Caixa, ao Flamengo.

O juiz Dmitri Vasconcelos Wanderley, da 7ª Vara da Justiça Federal, único que havia dado uma decisão favorável à Caixa até agora, aceitou recurso da Prefeitura para submeter o processo à 14ª Vara – que por sua vez já decidiu que a competência para julgar o assunto é da Justiça Estadual.

Wanderley é o juiz que concedeu liminar na ação movida pelo advogado Vinicius Monte Custódio, que chegou a suspender o leilão na véspera da sua realização antes de ser derrubada pelo presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região.

Após a decisão de Wanderley, a Advocacia Geral da União havia se somado ao processo pedindo a suspensão do leilão e dos seus efeitos até que seja resolvida uma arbitragem na qual a Secretaria de Patrimônio da União cobra da Prefeitura a realização de obras na Santa Casa de Misericórdia, na qual o terreno do Gasômetro foi dado como garantia.

Entenda a dívida da Prefeitura com a União que ameaça venda de terreno ao Flamengo

A Caixa também incluiu uma petição neste processo alegando que o desvio de finalidade do leilão ficou demonstrado pela festa com políticos vestindo a camisa do Flamengo durante a cerimônia que sacramentou o arremate do terreno pelo lance mínimo de R$ 138,.1 milhões.

Prefeitura insistirá em reunião de ações na Justiça Estadual

Na 14ª Vara, por sua vez, a juíza substituta que havia renunciado à competência foi substituída pelo juiz titular, que se declarou suspeito por foro íntimo.

Desta forma, a ação popular movida por Jamilson Lisboa Sabino foi redistribuída para a 2ª Vara Federal, que também negou liminar nesta quarta (14), e agora deve reunir todas as ações que tramitam na Justiça Federal.

Com essa consolidação, a Prefeitura deve tentar remeter de novo a discussão à Justiça Estadual, onde tramita a ação de desapropriação do terreno, que já determinou a realização de uma perícia para arbitrar o valor real do imóvel.

Com o resultado da perícia, a Prefeitura pretende assinar nesta sexta o termo de promessa de compra e venda com o Flamengo, que dará início oficialmente ao prazo de 18 meses para apresentação, pelo clube, do projeto executivo de construção do estádio.