Estádio do Flamengo: dirigente atualiza e revela novidades do projeto
O estádio do Flamengo está em fase de planejamento e o momento atual é de ouvir os setores do clube para entender o que é imprescindível. Responsável pelo projeto e VP de patrimonio, Marcos Bodin revelou algumas novidades já pensadas e as exigências feitas pelo departamento de futebol, principal e primeiro setor a ser consultado.
Após anos sofrendo com o gramado do Maracanã, o foco do futebol do Flamengo está em enfim ter um campo de qualidade no novo estádio. Mas, além disso, a estrutura e os processos de pré e pós-jogo também são questões importantes.
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“Grama natural. Hoje a gente está chamando os setores que funcionam junto com o estádio. E o primeiro é o futebol. O futebol já fez os pré-requisitos que eles querem de um estádio: grama, gramado e grama. Ele fala três vezes da grama, depois fala do vestiário, sala de aquecimento, como é o fluxo de chegada de jogador e do ônibus, refeitório”, iniciou Marcos Bodin, em entrevista ao “ge”.
Foi então que o VP de patrimônio do Rubro-Negro revelou a possibilidade de fazer quartos no estádio. Isso permitiria transferir a concentração do Ninho do Urubu para o local do jogo e os atletas não precisariam realizar o deslocamento de 44 km do CT ao estádio. Cômodos esses que poderão ser alugados em dias sem jogos.
“Existe hoje uma hipótese de fazer alguns quartos dentro do estádio para a apresentação dos jogadores. O jogador já se apresenta direto lá no dia do jogo. O Tottenham é assim. (Jogador) Vai estar mais descansado, mais ligado no jogo. E não é apenas o quarto quando você pensa em apresentação. Tem que ter parte da fisioterapia, academia, refeitório… Isso cabe no terreno. Aí durante a semana a gente aluga os quartos. Imagina quanto não vale dormir na concentração do Flamengo? Tem muita ativação para ser feita com o estádio.”
Todo esse processo de entender as necessidades do estádio é o que consiste a fase 2 do projeto, que o dirigente acredita que ficará pronto em breve: “Acho que de três a quatro meses, em novembro”. Segundo o vice-presidente geral, Rodrigo Dunshee, a ideia é a apresentar essa fase ao Conselho Deliberativo em dezembro.
Estádio do Flamengo não terá teto retrátil
Outro questionamento foi a possibilidade de fazer o equipamento com teto retrátil para evitar chuvas pesadas. Mas Marcos Bodin cita que a tecnologia é utilizada normalmente em locais frios, e a verdadeira necessidade é que o gramado receba a quantidade ideal de sol. No Maracanã, por exemplo, o sol não atingir todo gramado em épocas do ano é um problema.
“A grama sofre com a cobertura. Estádios que têm cobertura geralmente são em lugares muito frios. Se eu pudesse cobrir e ter a grama boa, seria bom. O Flamengo está mais preocupado em ter um bom campo e uma boa acústica para a torcida do que com a chuva. E eu estou preocupado com o sol no campo, eu preciso de sol na grama.”
Diferença de capacidade nos setores populares
A torcida rubro-negra terá dois setores populares no tão sonhado estádio. A ideia é que os locais não tenham cadeiras e, somando ambos, a estimativa é de 24 mil lugares. Bodin revela que haverá uma diferença de capacidade entre esses setores, que serão atrás dos gols, pois do lado Sul é necessário ter a separação de visitante. Ele falou também sobre um espaço para torcedores autistas.
“A Norte teria 15 mil, e a Sul, 9 mil. A linha de camarote pode passar por ali, tendo a parte superior separada, para ficar o visitante ali. (…) Flamengo vai respeitar todas as regras e se empenhar a fazer o que seja mais legal. O projeto é completamente atual.”
Jornalista graduado no Centro Universitário IBMR, 23 anos, natural do Rio de Janeiro. Amante da escrita e um completo apaixonado pelo Flamengo, vôlei e esportes olímpicos.