Estádio do Flamengo: Caixa pretende 'engavetar' projeto por alto risco financeiro
E mais uma vez, o sonho do Flamengo de ter um estádio próprio, que desta vez parecia mais perto, não deve acontecer. O plano de construir sua casa no terreno no antigo Gasômetro, que pertence a Caixa, ficou distante por conta da análise das condições econômico-financeiras, que apontaram um alto risco. Por isso, o banco pretende não avançar com o tema.
As informações são da “Folha de São Paulo”. De acordo com o jornal, o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, contava com a ajuda de Daniella Marques, presidente da Caixa, para viabilizar o projeto. Em conversas com o Presidente Jair Bolsonaro, o intuito era a troca do terreno que pertence ao fundo imobiliário, desejo do Fla, por outro que seria cedido pelo exército.
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Ainda segundo a Folha, a troca do terreno não foi vista pelas partes como um obstáculo, mas a Caixa pediu um projeto de viabilidade financeira ao Flamengo, já que o clube pretendia um financiamento do banco, que seria lastreado por receitas do novo estádio. No entanto, não seria o suficiente e não agradou os técnicos envolvidos na análise.
A assessoria da Prefeitura comunicou que continua à disposição do Flamengo para ajudar no que estiver à sua alçada, enquanto a Caixa também afirmou que ainda segue avaliando o negócio e todas as possibilidades. Já o Flamengo, em contato à Folha, preferiu não se manifestar, por ser uma operação privada.
Flamengo se mostrava otimista com o projeto do Estádio
A reviravolta deve pegar os mandatários rubro-negros de surpresa. Os dirigentes do clube mostravam otimismo sobre o tema, e acreditavam que o projeto poderia ir para frente. No último dia 21 de novembro, por exemplo, o vice-presidente de Marketing e Comunicação, Gustavo Oliveira, demonstrou confiança em entrevista. Confira:
“Eu sou confiante (na construção de um estádio), sem dúvida nenhuma. É bom para a cidade, o Flamengo com um estádio para 100 mil pessoas, naquela área em especificamente, uma área que seria revalorizada, você dá um crescimento. Aquela área toda seria uma área muito mais valorizada, um movimento importante ali, acho que para o governo e o estado. Mas você vê a quantidade de gente que vai trabalhar ali, novos negócios que podem surgir ao redor. É o jogo do ganha-ganha. ganha o Flamengo, ganha a população do Rio de Janeiro. Mas tem que ter calma, é um processo que eu diria de três a quatro anos. Além de comprar o terreno, conseguir a licença tem que construir. Então não é uma coisa rápida”.
28 anos, jornalista formado na FACHA. Sou apaixonado pelo Flamengo e esportes em geral, mas com foco no futebol e basquete.