O Flamengo segue em busca do melhor terreno na cidade do Rio de Janeiro para construir o tão sonhado estádio próprio. A área onde ficava o antigo gasômetro, na região portuária da cidade, ainda é a favorita para a futura casa da nação rubro-negra, mas há outras opções. O especialista em estádios Fabrício Chicca apontou em vídeo no canal Mundo na Bola que o clube ainda não respondeu questões importantes sobre o futuro estádio.
Seja sobre o Gasômetro, Deodoro ou Terra Encantada, Fabrício Chicca acha que o Flamengo já deveria ter realizado estudos detalhados sobre a viabilidade da construção de um estádio para mais de 75 mil pessoas em cada uma das áreas. O arquiteto e pesquisador ressaltou: “Já faz quase dois anos que o Flamengo fala no terreno do Gasômetro. Antes de sentar com o proprietário, o clube deveria saber se pode construir um estádio ali. E isso vale para todas as áreas.”
➕Caixa planeja dividir e vender gasômetro em três áreas separadas
No vídeo, Fabrício Chicca aponta a questão do trânsito nos arredores do terreno onde o estádio será construído: “Há um estudo sobre o impacto no trânsito? Qual será o plano operacional em dias de jogos? Isso são tudo exigências que a CET-RIO fará ao Flamengo e que podem impactar no custo da obra.”
Outra questão muito importante que o Flamengo não respondeu ainda diz respeito à questão ambiental e o impacto que o estádio terá na região. De novo, Fabrício Chicca citou a descontaminação do terreno, que era utilizado anteriormente para estocagem de produtos químicos. Mais uma vez, a questão ambiental pode aumentar o prazo para a construção e o custo da obra.
Chicca afirma que Flamengo está muito atrasado no processo
A terceira pergunta que Fabrício Chicca faz no vídeo se refere ao projeto arquitetônico do estádio: “O Flamengo já contratou um escritório de arquitetura? Só assim se poderá ter uma ideia concreta do custo total do projeto e da viabilidade do projeto, inclusive as questões legais.”
O especialista em estádios citou em seguida a questão financeira. Chicca ressaltou que o Flamengo ainda não foi claro sobre como pretende financiar a construção do estádio. O presidente do clube, Rodolfo Landim, falou em fazer uma SAF de até 25% do futebol do clube para custear a obra.
O último ítem citado no vídeo diz respeito ao Maracanã. Fabrício Chicca levantou a questão do estádio estadual que hoje é administrado por Flamengo e Fluminense e como o Rubro-Negro vai lidar com o uso do mesmo durante a obra e depois que o estádio ficar pronto. Para Chicca, o Fla precisa responder o que fará com o Maracanã, caso ganhe a licitação de longo prazo.