Entrevista com Gaby, do time feminino do Flamengo

04/07/2016, 22:42

Uma das pilares do time feminino do Flamengo (formado em parceria com a Marinha) nas conquistas do Campeonato Carioca 2015 e do Campeonato Brasileiro 2016, a atacante Gabrielly Salgado Soares, ou apenas Gaby, bateu um papo com a nossa redação, falando de muito Flamengo, da sua carreira, do futebol feminino, entre outros.

Gaby tem apenas 20 anos e é 3º Sargento da Marinha. Tem um currículo de respeito, já defendeu Botafogo, Vasco, Duque de Caxias e agora o Flamengo. A atleta, rubro-negra de coração, fez recentemente uma tatuagem alusiva ao título brasileiro, conquistado pelo Mengão neste ano. Confira nossa entrevista com a atacante abaixo!

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Desde criança, Gaby já demonstra seu amor pelo Flamengo
REDAÇÃO MRN: Gostaríamos de saber um pouco mais sobre você. Sobre essa escolha de ser jogadora de futebol, se teve influência de alguém, quais as suas inspirações...

GABY: Jogo futebol desde os meus 6 anos. Minha maior influência era meu irmão, por vê lo jogar comecei a me interessar. Por curioso que seja, comecei em uma escolinha do Flamengo no meio de meninos. Minhas inspirações sempre foram atletas com uma história de vida humilde, de superação.

Gaby, ainda pequena, na escolinha do Flamengo.
Gaby, na escolinha do Flamengo. Mais tarde, ela voltaria a usar o Manto Sagrado

REDAÇÃO MRN: Você já atuou em quais outros clubes antes de chegar ao Flamengo?

GABY: Já joguei no Vasco, Botafogo e Duque de Caxias. Também já estive em seleções de base.

REDAÇÃO MRN: Aqui no RJ, você já vestiu a camisa do Botafogo e do Vasco, grandes rivais do Flamengo. Há alguma diferença entre jogar nesses clubes e no Flamengo? Quais?

GABY: A diferença pra mim é grande, sem desmerecer nenhum clube, aliás, joguei no Vasco por 7 anos e sou muito grata pelas pessoas que participaram da minha formação, mas vestir a camisa do Flamengo e representar meu clube de coração foi a melhor coisa que já me aconteceu, a cada gol marcado, ouvir a torcida cantando, isso não tem explicação.

REDAÇÃO MRN: Você recentemente fez uma tatuagem de uma foto sua com o Manto Sagrado, em alusão ao gol contra o Iranduba, no Brasileirão Feminino 2016. Gostaríamos que comentasse sobre.

GABY: Sim, eu já tinha vontade antes. Estava passando por um momento difícil, por isso aquela foto e o gol que a comemoro marcou pra mim, e nada melhor do que deixar registrado pelo resto da minha vida.

A tatuagem na perna de Gaby, representando sua comemoração no gol marcado contra o Iranduba.
A tatuagem na perna de Gaby, representando sua comemoração no gol marcado contra o Iranduba.

REDAÇÃO MRN: Qual a emoção de, em menos de 2 anos defendendo o Flamengo, ser Campeã Estadual e Nacional, sendo o último, a autora do gol do título?

GABY: Olha, ser campeão com o Flamengo é diferente, principalmente essa nossa última conquista, com direito a gol do título ainda, foi um dos momentos mais marcantes na minha vida, pretendo ainda honrar mais a ainda a camisa do Mais Querido e poder dar mais títulos a essa nação.

REDAÇÃO MRN: Queríamos que você também falasse um pouco sobre o futebol feminino no Brasil. Pontos positivos, negativos, sugestões, etc

GABY: O futebol feminino no país tem evoluído um pouco de uns anos pra cá. Claro que não é o que queremos ainda, mas evoluiu, comparando com 5 anos atrás, onde as pessoas nem sabiam que existia o futebol feminino. A mídia tem dado um pouco mais de valor, passando os jogos, fazendo a divulgação do nosso trabalho, mas vamos lutar para ter o reconhecimento digno que merecemos. E, se Deus quiser, nos tornarmos profissionais e reconhecidas pelo mundo inteiro!

A atacante comemora o gol do título do Flamengo no Brasileiro Feminino 2016
A atacante comemora o gol do título do Fla no Brasileiro Feminino 2016

Alguns números de Gaby pelo time do FlaMarinha:

Carioca 2015: CAMPEÃ, 6 Jogos e 6 Gols

Brasileirão 2015: 10 Jogos, 4 Gols e 1 Cartão Amarelo

Brasileirão 2016: CAMPEÃ, 14 Jogos, 3 Gols, 3 Assistências e 1 Cartão Amarelo

 

Agradecemos à atleta pela atenção e disposição em nos dar esta entrevista e às colaboradoras Mariana Sá e Duany Khydac, pelas sugestões de perguntas.


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