Eleição do Flamengo: Dunshee vê falta de ética da Comissão Eleitoral por ter membros da Chapa de Bap
Nesta terça-feira (29), o vice-presidente geral e jurídico do Flamengo, Rodrigo Dunshee de Abranches comentou sobre a impugnação da chapa Wallim Vasconcellos. Eles são adversários na eleição para presidência do clube, que será realizada no dia 9 de dezembro.
Dunshee concedeu entrevista ao canal no YouTube da jornalista Raísa Simplicio, onde criticou a forma como foi conduzida a impugnação e questionou a comissão formada, por maioria, apoiadores do também candidato à presidência do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista (Bap).
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“O Conselho de Administração é um órgão onde uma parte grande dos membros é eleita. E as chapas registradas têm membros eleitos, que já estão hoje lá. Essas pessoas foram colocadas numa Comissão Permanente Eleitoral (CPE). Dos cinco, três estão na chapa do presidente do Conselho de Administração, que é o Bap. Não acho ético que essas pessoas possam julgar o Wallim ou quem tem condição de elegibilidade para entrar na chapa”, disse Dunshee.
Wallim Vasconcelos não duvida que sua chapa tenha sido sabotada
O candidato à presidência do Flamengo, Wallim Vasconcellos, concedeu uma entrevista coletiva, no dia 23 de outubro, em restaurante na Zona sul do Rio. Com sua candidatura barrada pela Comissão Permanente Eleitoral (CPE), ele desconfia que tenha sido vítima de sabotagem.
“Pode ter sido uma sabotagem. Você tem algumas evidências que apontam para a sabotagem, pode até não ser, mas isso tem que ser feito através de uma investigação. Você não pode apontar o dedo e dizer que a pessoa é culpada. O sistema de captura de sócios para a chapa é totalmente frágil, dá uma margem enorme à fraude. A gente pegou várias assinaturas na piscina (do clube), o que impede de uma pessoa chegar lá e assinar, depois dizer “essa assinatura não é minha” só para sabotar a chapa? Pode acontecer, pode ser por dolo, pode ser por sabotagem de outra pessoa“, disse Wallim.
Assim como Dunshee, Wallim questionou a composição da CPE, com três integrantes do grupo de Bap.
“Assinamos um requerimento, reiterando que a gente entendia que a nossa chapa deveria ser deferida, deveria ser registrada. E pedimos a destituição, a renúncia do presidente do Conselho de Administração, o Bap, porque ele é o presidente do Conselho de Administração, que é um órgão que analisa e registra as chapas. E ele é candidato. Então tem um papel duplo, um conflito de interesse enorme. A gente pediu a renúncia dele, para ele sair do processo e ficar isento. E pedimos também a destituição da atual Comissão Permanente Eleitoral”, apontou o candidato.