Dia 02 de junho e a Nação Flamenga entra em casa cheia de confiança pra enfrentar um dos seus, talvez o maior, rival histórico. E não venha dizer que o Vasco não é mais o mesmo, que isso de gigante nem existe mais… problema deles. Cada Rubro-Negro vivo sabe que o FlaVas é especial e que não foi feito pra ser jogado. É pra ganhar. E nós ganhamos.
E foi com requintes de crueldade.
Deixamos os caras acreditarem, rs. O primeiro gol foi deles e o Fla tava naquela de barata voa, mas foi só o sol nos olhos do Rossi, porque foi um único deslize e a tortura deles começou. O Mengo passou o carro.
➕ RENATA GRACIANO: Ao nível do mar
Pra azar deles, os passes saíram. Cebolinha estava em dia luminoso, Gerson correndo pra jogar bola pra lateral e não deixar virar escanteio, Pulgar estava em campo. Foi importante demais ver que mesmo com o placar adverso, o time não baixou a cabeça e foi pra cima e foi muito pra cima, malanders. Cebolinha igualou o placar depois de um bate e rebate depois de uma assistência de Arrasca.
E o povo que atravessou o deserto não sofreu como sofre o vascaíno, Léo Jardim fez uma gracinha e debochou defendendo uma bola com o peito, na sequência Pedro colocou o time da Gávea na frente com o que? Exatamente, um gol de peito. Quem rir já sabe.
Mas ainda tinha jogo na primeira parte e foi com gol de voleio que David Luiz colocou três no placar.
Um detalhe, os caras ainda foram para o vestiário com menos um depois de uma falta violenta em cima do Nico.
O clima já não estava bom pros lados da tal colina e o urubu, em casa, ainda não estava satisfeito.
Arrasca, marcou o quarto com uma linda assistência do Pedro. E a comemoração foi puro suco da humilhação. Nas arquibancadas, o abandono 2.0 estava cada vez mais evidente.
Coube a Bruno Henrique, o mister clássico, fazer o quinto com um GOLAÇO com o “faz e me abraça” do camisa 14. Confesso que nesse momento, o meu pobre coração já estava molengo: de Arrasca pra BH… é muita memória, é muita felicidade.
O agora camisa 99 entrou e a arquibancada reagiu, e se dividiu, entre apoio e cobrança. Gabi lutou. Ajudou na marcação, correu e parecia querer provar o prazer que estava sentindo de poder entrar em campo e quis o destino que fosse Gabriel que marcasse o do recorde.
Com mais uma assinatura nas páginas douradas da história Rubro-Negra, o predestinado colocou no placar a maior goleada do Flamengo em cima do Vasco, de novo aos 43 do segundo tempo. Não foi coincidência. Eu entendo perfeitamente o misto de sensações vendo aquele cara beijando o escudo e socando o peito, eu chorei.
Não chorei por ele, chorei pela minha felicidade em forma de gols em três finais de libertadores, em jogos decisivos do Brasileiro, da Copa do Brasil e até em estaduais. Ele vacila? Vacila. Ele irrita? Muito!!! E eu me sinto completamente representada por ele, cheio de defeito, pirracento, que acaba com a paciência de quem joga contra, que é humano. Eu perdoei quando ele disse oi.
Foi tudo perfeito.
Ele vibra;
Ele é fibra;
Muita libra;
Já pesou…
Flamengo até morrer, eu sou.
E vamos puxando o pelotão.
Nós somos o Flamengo.
Em tempo: o dia está mais bonito: céu azul, passarinho cantando alto, música no ar. O Flamengo venceu, nada mais importa.
Saudações Rubro-Negras!