Domènec Torrent presta apoio a Gerson sobre episódio de injúria racial
Ex-técnico do Flamengo, Domènec, se manifestou nas suas redes sociais sobre o caso de racismo de Gerson envolvendo Ramírez e Mano Menezes
No último domingo, 20, no jogo entre Flamengo x Bahia, Gerson foi vítima de racismo em um episódio envolvendo Índio Ramírez e Mano Menezes. O coringa do Flamengo acusa o jogador do Bahia de ter falado para ele “cala a boca, negro” durante uma discussão. O caso repercutiu mundialmente e personalidades do futebol de todas as partes manifestaram apoio ao atleta. Nesta terça-feira, 22, foi a vez do ex-treinador do Flamengo, Domènec Torrent, se pronunciar nas redes sociais sobre o episódio de injúria racial.
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“Recebi com muita tristeza a notícia dos atos racistas contra o meia Gerson, que foi meu jogador no Flamengo e um homem de um caráter ímpar. O racismo é uma praga mundial que devemos combater todos os dias. Minha solidariedade ao Gerson e seus familiares!”, disse o catalão, em manifestação de apoio a Gerson.
Também nesta terça-feira, 22, Gerson foi até a DECRADI (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância) prestar depoimento para dar andamento ao processo de injúria racial movido contra Ramírez. Acompanhado do vice-presidente geral e da procuradoria geral do Flamengo, Rodrigo Dunshee, o atleta se pronunciou em vídeo diretamente da delegacia afirmando que a sua atitude objetiva em “dar força para que outras pessoas que também sofrem racismo ou outro tipo de preconceito possam falar também”.
Na última segunda-feira, 21, Ramírez se pronunciou publicamente sobre o caso, e negou as acusações de Gerson. “Em nenhum fui racista com nenhum dos jogadores, nem com Gerson, nem com qualquer outra pessoa. Acontece que quando fizemos o segundo gol botamos a bola no meio do campo para sair rapidamente e o Bruno Henrique finge e eu arranco a correr e eu digo a Bruno que ‘jogue rápido, por favor’, ‘vamos irmão, jogar sério’. Aí ele joga a bola para trás e Gerson, não sei o que me fala, me diz algo, mas eu não compreendo muito o português. Então eu não compreendi o que me disse e falei ‘joga rápido, irmão’”, disse.
“Passei a bola e não sei o que ele entendeu, jogou a bola e veio a me perseguir e eu sem saber o que acontecia, eu olhei por detrás porque não queria entrar em briga com nada e depois ele sai a falar que eu tratei ele de ‘cala a boca, negro’ falando português, quando eu realmente não falo português, estou há um mês no Brasil e sobre eu ser racista, não estou de acordo porque isso não é bom em nenhuma parte do mundo, somos todos iguais e em nenhum momento eu falei isso, muito menos uma palavra tão má como essa”, completou.