Domenec deixa Flamengo com pior média de gols sofridos desde 2014
Domenec deixa Flamengo depois de derrota vexatória para Atlético-MG; catalão teve pior média de gols sofridos desde Ney Franco
Nessa segunda-feira (09), Domenec Torrent não resistiu à pressão da torcida e foi desligado do Flamengo. As goleadas sofridas para São Paulo e Atlético-MG escancararam um problema que vinha sendo deixado de lado; a fragilidade defensiva da equipe carioca. Em toda a sua passagem, o Rubro-Negro não sofreu gol em apenas cinco jogos.
A sequência invicta que perdurou por 12 jogos chegou ao fim no revés de 4 a 1 perante o Tricolor do Morumbi. Durante esse período, a invencibilidade do Fla de Dome fazia com que setores da imprensa e torcida não se atentassem à recorrência de vezes que o Mais Querido era vazado.
Em 26 jogos, foram 38 gols sofridos. Em cinco oportunidades, o Rubro-Negro carioca sofreu três ou mais gols. E em apenas uma delas conseguiu sair vitorioso (5 a 3 contra Bahia, fora de casa). Nas outras, derrotas acachapantes para Atlético-GO, Independiente del Valle, São Paulo e Atlético-MG (3 a 0, 5 a 0, 4 a 1 e 4 a 0), respectivamente.
Era Dome chega ao fim com média de 1,46 gols sofridos por jogo
Números como esses fizeram da passagem de Domenec pela Gávea a mais vazada dos últimos anos. A média de 1,46 gols sofridos por partida é a pior desde Ney Franco, em 2014 (1,86). No entanto, vale ressaltar que o técnico campeão da Copa do Brasil pelo Flamengo em 2006 comandou o time por apenas sete jogos.
Nomes como Cristóvão Borges, Oswaldo de Oliveira e Zé Ricardo, que não deixaram saudades na torcida, tiveram médias melhores que o treinador recém demitido. A insistência do catalão no zagueiro Gustavo Henrique foi outro fator que fez a Nação perder a paciência com seu técnico. Por diversas vezes, o camisa 3 acabou cometendo falhas que influenciaram diretamente no resultado das partidas.
Os erros defensivos, inclusive, foram uma tônica na era Dome. Saídas de bola equivocadas, como a de Arão contra o Athletico-PR, e falhas de posicionamento da zaga foram aspectos que ajudaram o Mais Querido a ter a segunda defesa mais vazada do Brasileirão.
Outro ponto importante a se destacar é a qualidade do elenco que Dome teve em mãos. Os técnicos com maiores médias de gols sofridos no ranking passaram pelo clube em 2014/2015. Época em que o Flamengo fazia contenção de gastos. Por conta disso, o elenco era mais limitado, sem nomes de peso.
Já Domenec, apesar de chegar no Flamengo após saída de um pilar da zaga (Pablo Marí), e ter de lidar com a transferência de Rafinha para o futebol grego, ainda assim desfrutava de bons nomes. Desde 2019, quando começou a era Landim, Abel Braga e Jorge Jesus foram os técnicos. O primeiro teve média de 0,90 gols sofridos, enquanto o segundo teve média de 0,88.
Confira, abaixo, a lista com as médias de gols sofridos de cada técnico do Flamengo, desde 2014. A ordem é feita da maior média para a menor.
Ney Franco – 1,86 (7J, 13GS)
Domenec Torrent – 1,46 (26J, 38GS)
Cristóvão Borges – 1,28 (18J, 23GS)
Oswaldo de Oliveira – 1,17 (18J, 21GS)
Jayme de Almeida – 1,14 (7J, 8GS)
Zé Ricardo – 0,94 (89J, 84GS)
Abel Braga – 0,90 (30J, 27GS)
Vanderlei Luxemburgo – 0,88 (59J, 52GS)
Jorge Jesus – 0,88 (58J, 51GS)
Reinaldo Rueda – 0,84 (31J, 26GS)
Muricy Ramalho – 0,77 (26J, 20GS)
Maurício Souza – 0,75 (4J, 3GS)
Maurício Barbieri – 0,74 (38J, 28GS)
Paulo César Carpegiani – 0,65 (17J, 11GS)
Dorival Júnior – 0,58 (12J, 7GS)
Marcelo Salles – 0,00 (4J, 0GS)
Créditos da imagem destacada no post e nas redes sociais: Marcelo Theobald