Discussão com Conselho atrapalhou sequência de Oswaldo no Flamengo
Em 2015, o Flamengo brigava para não cair no Campeonato Brasileiro, até que o clube acertou a contratação de Oswaldo de Oliveira. Após início avassalador com seis vitórias consecutivas, o Rubro-Negro caiu de produção e iniciou uma sequência de derrotas, que culminou na sua demissão. Em entrevista, o treinador revelou bastidores de uma discussão que atrapalhou sua trajetória.
Em participação no Charla Podcast, Oswaldo de Oliveira contou detalhes do episódio. Segundo o treinador, ele alertou aos dirigentes do clube que as inúmeras viagens, com vendas de mando de campo, iriam desgastar o elenco e que o preço seria cobrado na sequência. O pedido de Oswaldo, no entanto, foi negado.
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“Quando cheguei, ganhamos do São Paulo, viajamos para o Recife e tinha esse jogo contra o Avaí em Natal. Falei: ‘Gente, é muito jogo fora, precisamos descansar em casa’. Ganhamos do Sport, fomos para Natal e ganhamos do Avaí. Voltamos para o Fla x Flu e depois Cruzeiro”, iniciou Oswaldo.
“Falei com eles: ‘tira esse jogo de Brasília porque vai ser muito desgaste para nós. Vamos sair de Chapecó, ir para o Rio e depois Brasília, não há quem aguente isso’. E responderam que era um milhão e meio de reais. Insisti que não poderíamos ir para Brasília e acabar com o time, por causa da sequência”.
Desgaste prejudicou o Flamengo de Oswaldo
“Não aceitaram meu pedido. Ganhamos do Sport, Avaí, ganhamos o Fla x Flu, Cruzeiro e Chapecoense. Mas aí fomos para Brasília e não jogamos mal mas perdemos do Coritiba. Daí para frente o desgaste apareceu e nós completamos seis jogos que não eram igual aos seis primeiros”, disse Oswaldo de Oliveira, antes de revelar detalhes da fatídica reunião.
“Um dia estou terminando o treino no Ninho, vem o Fred Luz e me chama para uma reunião na Gávea com o comitê gestor. Lá tinha uma mesa enorme, completa. E começaram: ‘Você começou muito bem, ganhamos seis, mas os últimos seis o time não vem rendendo, queria que você explicasse'”.
E foi aí que Oswaldo de Oliveira se revoltou e rebateu.
‘Você quer que eu explique? Engraçado, achei que fosse para me pedir desculpas, porque eu alertei. Eu falei dos jogos e o que ia acontecer, e agora quer que eu explique? Está explicado!”. Dois, três jogos depois me mandaram embora. Tem coisas que a opinião do treinador precisa prevalecer. Eu estou vendo, sentindo, conversando com auxiliares, departamento médico, fisiologia”.