Dirigente do Flamengo é trucidado ao argumentar sobre voto a distância

Nesta quarta-feira (17), um dirigente do Flamengo levou uma invertida da Nação nas redes sociais. Cacau Cotta, diretor de Relações Externas do clube, argumentou o porquê do Rubro-Negro não aderir ao voto à distância. Porém, a resposta não convenceu nem um pouco a torcida.

Tudo começou quando Cacau Cotta comentou sobre a passagem do Flamengo por Manaus. O Mais Querido parou a cidade para sua estreia no Campeonato Carioca, em goleada contra o Audax. A festa da Nação encantou o dirigente, que escreveu: “O Flamengo não tem fronteiras, divisa… Não há limites! 👏⚫️🔴👏”.

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Em seguida, um torcedor respondeu ao tweet de Cacau Cotta. “Mas votar a distância não pode…”. Foi então que o diretor tentou explicar a recusa da Gestão Landim pelos votos à distância.

“Infelizmente envolve segurança que o correio aqui ainda não dá e muito menos internet”, disse.

O comentário de Cacau Cotta recebeu mais de 300 comentários no X. A maioria deles, ironizando a explicação do dirigente. Afinal, o voto online não é algo novo e há diversos modelos que comprovam sua eficiência e segurança.

Um dos que mais chamam a atenção é feito pelo Internacional. No ano passado, o clube gaúcho realizou seu pleito presidencial e alcançou um recorde. 29.800 sócios votaram e reelegeram Alessandro Barcellos, sendo essa a maior eleição de um clube brasileiro. Do total de votantes, aproximadamente 95% participaram de maneira virtual. A apuração foi feita em menos de 30 minutos.

A decisão de não haver esse tipo de votação no Flamengo parte de cima. O presidente Rodolfo Landim é contrário a essa ideia e já foi até Brasília fazer lobby para que não fosse permitido. Cabe lembrar que o projeto de lei que determina a obrigatoriedade em votação à distância é do deputado Eduardo Bandeira de Mello, ex-presidente do Fla e rival de Landim.

Torcida debocha de explicação de Cacau Cotta sobre voto à distância

“Nossos patrocinadores são banco digital, site de apostas digital e site de compras e leilão digital. Mas para o dirigente, não existe segurança 🤣” – @delaurentiis_br

“Segurança para vender ingresso pela internet tem, mas para votar não? Como assim rapaz? Que baboseira é essa?” – @cravo_crf

“Se o Governo Federal tem estrutura para fazer e fiscalizar eleições para uma população com mais de 200 milhões de habitantes, vocês não possuem capacidade de fazer votação para sócio torcedor?” – @Rajanety

“Flamengo anunciou que irá usar biometria facial para entrada de torcedores no Maracanã em 2024. A afirmação de Cacau Cotta falando que não existe segurança na internet para voto à distância na eleição presidencial do Flamengo só tem 2 razões: ignorância ou desonestidade” – @ochicoefoda

“Pela internet a gente consegue fazer compras, assinaturas, transferir grandes quantias de dinheiro, inclusive para o exterior, mas o Cacau Cotta quer convencer alguém de que não dá para ter um sistema seguro de votação. 🤣” – @tiagobotini

Como funciona as eleições do Flamengo?

Atualmente, as eleições para definir o presidente do clube são limitadas a sócios-proprietários com dois anos de vida associativa ininterruptos. É preciso também estar sem mensalidades pendentes e não ter sofrido punições nos últimos dois anos anteriores as eleições. A votação acontece presencialmente, na Gávea, dificultando o acesso de rubro-negros Off-Rio.

Em 2021, último pleito do Flamengo em que Landim conseguiu seu segundo mandato, pouco mais de 2 mil votos foram contabilizados. Esse foi o número mais baixo registrado desde 2006, quando Márcio Braga foi eleito. Ao fim de 2024, acontecerá a eleição de um novo presidente.