Dirigente do Cruzeiro freia expectativas de disputar títulos com Flamengo

13/01/2025, 19:20
Alexandre Mattos em coletiva como CEO Cruzeiro

Após contratação Gabigol, Fabrício Bruno e outros nomes considerados de peso, a torcida do Cruzeiro passou a manifestar confiança para disputar os principais títulos com Flamengo e Palmeiras. Mas Alexandre Mattos, CEO da SAF, tratou de frear as expectativas dos torcedores e destacou que será necessária paciência para atingir o atual patamar do Mengão.  

Mattos entende que a diretoria conseguiu elevar a qualidade do elenco com as contratações, mas afirma que as muitas mudanças geram a necessidade de tempo para adaptação. Isso inclui parte tática, técnica, física e uma adaptação de vida dos atletas. Ele dá a entender que acredita que o Cruzeiro vai começar a competir a partir de 2026. Além de citar outros times que estão entre o clube mineiro e Flamengo e Palmeiras. 

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"Cruzeiro tem uma estrada muito grande para ter um time competitivo. Quando se mexe muito, muda muito, precisa de um tempo para as coisas começarem fluir. Estamos elevado nível na qualidade e quantidade. Mas necessitasse de uma temporada. Temporada é muito curta, temos jogadores. Torcedor vai ser inflacionado. Não é da noite para o dia, tem adaptação, forma física. Vamos trabalhar dentro do campo para montar time. Temos outras equipes qualificadas no futebol brasileiro. Tem o Botafogo, Internacional fez grande campanha", disse o CEO. 

Além dos dois ex-Flamengo, Gabigol e Fabrício Bruno, o Cruzeiro contratou para 2025 mais sete atletas. São eles: Bolasie, Christian, Dudu, Eduardo, Fagner, Marquinhos, Rodriguinho.

Filho de Pedro Lourenço, dono da SAF, Pedro Junio confirmou que o Cruzeiro gastou em 2025 entre 17% e 20% da receita apenas com a chegada de reforços. Ele afirma que o clube é uma empresa, o que permite aportes financeiros em busca de retorno técnico. 

"Sobre receitas, Cruzeiro é uma empresa, não é um clube associativo. Empresa pode ter investimento para se ter retorno. Isso que as empresas fazem. Fazer investimento para ter retorno. Retorno técnico, e aí consequentemente para ter retorno financeiro. Cruzeiro arrecada 300, 350 milhões. Outros com receitas de 700, 800 milhões. Cruzeiro tem que aumentar receitas, a médio longo prazo, para se tornar sustentável", disse Pedro Junio.

Vale lembrar que essa postura é permitida sem restrição no futebol brasileiro, que não possui uma regulamentação clara referentes aos investimentos de SAFs. Na maioria dos países europeus, por exemplo, o Fair Play Financeiro impede que as equipes gastem mais do que podem arrecadar com os próprios recursos. 


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Matheus Celani
Autor
Jornalista graduado no Centro Universitário IBMR, 23 anos, natural do Rio de Janeiro. Amante da escrita e um completo apaixonado pelo Flamengo, vôlei e esportes olímpicos.