Dimba no Flamengo rendeu protesto insano, lembra ex-jogador

28/02/2024, 12:07
Roger Guerreiro relembra Dimba no Flamengo

Roger Guerreiro participou do Charla Podcast e relembrou um episódio curioso na história do Flamengo. Em 2004, o Mengão se livrou do rebaixamento na última rodada, mas a montagem do elenco foi controversa. O clube contratou Dimba, que havia feito um bom ano pelo Goiás, pagando caro. Acontece que o Fla vivia outros tempos e os salários dos jogadores estavam atrasados.

A chegada do reforço com salário antecipado caiu como uma bomba no elenco do Flamengo. Por isso, os jogadores fizeram um protesto, que foi relembrado por Roger Guerreiro.

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“Falaram que ele pegou R$ 1 milhão na época. A gente com três meses de salário atrasado. Teve até o episódio que derrubamos os armários da Gávea, cantamos uma música da Ivete: ‘Dinheiro, eu quero meu dinheiro’. E batendo naqueles armários de alumínio até cair. Derrubamos a maca que o Denir fazia massagem na gente, no vestiário. Fizemos o protesto lá, no vestiário, e tudo”, comenta sobre a polêmica chegada de Dimba, que nunca se provou no Flamengo.

Os jogadores não gostaram e indagavam Dimba.

“Ele chegou meio tímido. Saiu todo aquele negócio, era um cara na dele. Chegou até meio assustado. Mas a resenha que saiu é que ele chegou com R$ 1 milhão na mão e a gente com três meses (por receber). A galera, ‘e aí ,qual que é’? Teve uma resenha dessa”, comenta.

Roger relembra última rodada de 2004

Por fim, Roger Guerreiro relembra a última rodada heroica, quando o Mengão goleou o Cruzeiro para se livrar do rebaixamento.

“Situação complicada. Fomos jogando o Brasileiro até que na última rodada a gente faz aquele 6 a 1, mas o Cruzeiro não brigava mais por nada também. Time misto. Vieram para não correr, mesmo. Numa situação normal, a gente não ganharia de seis do Cruzeiro”, finaliza.

Júnior era diretor, mas perdeu o poder para os amadores e deixou o Flamengo

Em 2004, Júnior tentava se consolidar como diretor-executivo de futebol do Flamengo. A ideia era abolir o amadorismo do clube, chefiando a “Fla-Futebol”. Mas quando o presidente Márcio Braga se afastou, Júnior perdeu cada vez mais voz e não conseguiu vencer o amadorismo. Tanto é que Júnior admitia não ter dinheiro para contratações, mas os amadores investiram alto por Dimba mesmo assim.

“Eu queria ser um diretor esportivo, que são aqueles caras que trabalham como intermediários na formação, escolha de um treinador, formação de um plantel e faz essa ligação com a diretoria. Foi o que aconteceu no Flamengo em 2004, quando o Márcio Braga me chamou para implantar o “Fla-Futebol”, a profissionalização do futebol. O problema é que você tira autonomia dos dirigentes amadores e eles não aceitavam isso e terminou não acontecendo. Se o conceito daquela época tivesse continuado, o Flamengo não estaria na situação que está. O clube está começando novamente esse processo com uma nova gestão e essas pessoas que entraram”, lembrou Júnior, em 2014, no Arena SporTV.


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