Dia da Mulher: 10 mulheres incríveis da história do Flamengo

08/03/2025, 08:02
Atualizado: 08/03/2025
Monatagem com Rebeca Andrade, Georgette Vidor, Isabel, Jackie Silva e Roscleia Campos

Neste sábado (8), comemoramos o Dia Internacional da Mulher. A representatividade feminina é enorme na história do Flamengo, com a presença de diversas atletas, treinadoras e torcedoras importantes no Rubro-Negro.

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Nesta matéria o MundoBola Flamengo traz para você dez mulheres marcantes na história do Rubro-Negro. Vale lembrar que esta não é uma lista que define uma sendo melhor que a outra, logo, não se trata de um ranking. Além disso, outras personagens do clube acabaram ficando de fora, mas serão lembradas no final da matéria.

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Lydia Von Ihering (esgrima)

Podemos afirmar que Lydia Von Ihering andou para que as futuras atletas do Flamengo pudessem correr. Lydia foi a pioneira do esporte feminino no clube em 1928, quando se tornou remadora do Rubro-Negro, que possuía predominância masculina na modalidade.

Além do Remo, engajou mulheres na prática de outros esportes, como a natação e tênis. No vôlei, criou o time feminino do Flamengo. No entanto, o destaque vai para a esgrima, na qual foi campeã carioca.

Lydia Von Ihering no Flamengo
Lydia Von Ihering no Flamengo - Foto: Reprodução/Acervo Lydia Von Ihering

Norminha (basquete)

A jogadora argentina de basquete nasceu em Buenos Aires, contudo, se naturalizou brasileira. Norminha chegou ao Mais Querido em 1962 e se tornou referência no maior time de basquete feminino da história do clube, que foi bicampeão carioca em 1964 e 1965.

Pela Seleção Brasileira, conquistou seis vezes o Campeonato Sul-Americano, foi bicampeã do Pan-Americano e conquistou o bronze no Mundial de 1971. Em setembro de 2024, Norminha conheceu o Museu Flamengo e foi homenageada nas redes sociais do clube.

Isabel (vôlei)

Maria Isabel Barroso Salgado foi uma das atletas de vôlei mais talentosas que o Brasil já teve. Isabel chegou ao Flamengo aos 13 anos de idade, estreando no clube em 1973. Em 1978 e 1980 foi campeã brasileira pelo Rubro-Negro, além do título Sul-Americano de 1981 em Sucre.

Isabel disputou três Olimpíadas (1980 e 1984) e conquistou o Pan-Americano de 1979. Atuou como técnica no histórico título da Superliga Feminina de 2000/01 sobre o Vasco.

Nos anos 90, migrou para o vôlei de praia devido à popularização da modalidade. Isabel sempre foi uma figura defensora dos direitos das mulheres e outras causas sociais, principalmente a relação da maternidade no esporte.

Isabel faleceu no dia 16 de novembro de 2022 aos 62 anos, vítima de pneumonia.

Isabel com a camisa do Flamengo
Isabel com a camisa do Flamengo - Foto: Reprodução/Internet

Jacqueline (vôlei)

Em 1978, Jackie Silva foi a melhor jogadora do Campeonato Brasileiro de Vôlei vencido pelo Flamengo. A levantadora Camisa 10 também conquistou o Sul-Americano em 1980. Pela Seleção Brasileira, conquistou o Pan de 1979 e atuou nos jogos Olímpicos de Moscou (1980) e Los Angeles (1984).

Assim como Isabel, migrou para o vôlei de praia, se tornando um das melhores atletas do mundo. Em 2001, Jacqueline foi considerada a atleta da década da modalidade pela Federação Internacional de Voleibol. Ao lado de Sandra Pires, conquistou o ouro olímpico em Atlanta no ano de 1996.

Jackie Silva no começo da carreira no Flamengo
Jackie Silva no começo da carreira no Flamengo - Foto: Reprodução/Site Jackie Silva

Luisa Parente (ginástica artística)

Luísa Parente foi outra ginasta histórica do Flamengo, onde chegou com apenas seis anos de idade. Em 16 anos no Rubro-Negro, foi vencedora em todas as categorias que participou.

Luísa foi a primeira brasileira a conquistar duas medalhas de ouro em campeonatos Pan-Americanos, feito alcançado em Havana no ano de 1991. Considerada a pioneira do esporte no Brasil, a ginasta também foi a primeira a competir em duas Olimpíadas: Seul 1988 e Barcelona 1992.

Georgette Vidor (ginástica artística)

É impossível falar da ginástica artística brasileira sem citar Georgette Vidor. A atual coordenadora técnica do Flamengo é uma das responsáveis pela evolução do esporte no país.

Georgette começou como técnica no Flamengo em 1980. Em 1997, ficou paraplégica após grave acidente com o ônibus da equipe rubro-negra. Contudo, o ocorrido não a impediu de marcar seu nome na história da ginástica.

Em 2009, se tornou a coordenadora da Seleção Brasileira de Ginástica Artística Feminina, ficando até 2016. Em 2020 retornou ao Flamengo, onde conquistou diversos campeonatos estaduais e brasileiros.

Vidor é responsável por revelar e treinar talentos como Luisa Parente, Soraya Carvalho, Daniele Hypolito, Jade Barbosa, Flávia Saraiva e Rebeca Andrade, além de outras.

Rebeca Andrade e Georgette Vidor
Rebeca Andrade e Georgette Vidor - Foto: Reprodução/Instagram

Rosicleia Campos (judô)

A atual treinadora de judô do Flamengo foi umas das pioneiras da modalidade feminina no Brasil. Rosicleia chegou ao Rubro-Negro aos 15 anos de idade, conquistando títulos cariocas, brasileiros e sul-americanos.

Rosicleia Campos competiu em dois Jogos Olímpicos: Barcelona 1992 e Atlanta 1996. Como técnica da Seleção Brasileira, conquistou 22 medalhas em Mundiais e cinco olímpicas. Treinou atletas como Mayra Aguiar, Sarah Menezes e Rafaela Silva.

Rosicleia Campos, treinadora do Flamengo - Foto: Paula Reis/Flamengo

Daniele Hypolito (ginástica artística)

Atualmente no Big Brother Brasil 2025, Daniele Hypolito foi uma das maiores ginastas do Brasil. A atleta chegou ao Flamengo aos dez anos em 1994, a convite da treinadora Georgette Vidor. A vinda ao Rubro-Negro demandou sacrifício de sua família, que largou tudo em São Paulo para apostar na carreira de Daniele.

Em 1996, a ginasta foi a primeira na categoria individual geral no Campeonato Brasileiro. No ano seguinte, sobreviveu ao acidente de ônibus que vitimou sete pessoas da equipe do Flamengo e deixou Georgette Vidor paraplégica.

Em 2001, se tornou a primeira brasileira medalhista em mundiais, ao conquistar a prata em Gante, na Bélgica. Daniele participou de cinco Olimpíadas, além de faturar dez medalhas em Pan-Americanos e 15 títulos nacionais.

Daniele Hypolito no Flamengo em 2016
Daniele Hypolito no Flamengo em 2016 - Foto: Flávio Dilascio/Globoesporte

Virna (vôlei)

Durante sua passagem pelo Flamengo, a atleta usou a Camisa 10 de Zico, recebendo o Manto Sagrado do próprio Galinho de Quintino. Virna foi fundamental na conquista da Superliga Feminina de 2000/2001 sobre o Vasco, sendo eleita a melhor jogadora em quadra na decisão.

Pela Seleção Brasileira, conquistou a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Atlanta 1996 e Sydney 2000, a última, sendo atleta do Mais Querido. Virna se aposentou das quadras em 2010.

Virna com a Camisa 10 do Flamengo
Virna com a Camisa 10 do Flamengo - Foto: Reprodução/Internet

Rebeca Andrade (ginástica artística)

A maior medalhista olímpica do Brasil é do Flamengo. Natural de Guarulhos, em São Paulo, Rebeca Andrade chegou ao Rubro-Negro em 2011 com 12 anos, começando uma história vencedora no esporte.

Em 2015, conquistou a medalha de bronze em sua primeira competição adulta, a Copa do Mundo de Ginástica, realizada na Eslovênia. No mesmo ano, Rebeca sofreu uma grave lesão no ligamento cruzado anterior do joelho direito.

Recuperada da lesão, Rebeca conseguiu disputar a primeira Olimpíadas da carreira em 2016, no Rio de Janeiro. No ano seguinte, lesionou novamente o LCA do joelho direito e retornou apenas no fim de 2018.

No ano do retorno, a ginasta conquistou a medalha de prata por equipes do Campeonato Pan-Americano em Lima. Em Cottbus, na Alemanha, conquistou o ouro no salto e na trave, além da prata nas barras assimétricas.

O talento de Rebeca "explodiu" a partir dos Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020, quando conquistou a medalha de prata no individual geral e o ouro no salto. Nas Olimpíadas de Paris em 2024, a ginasta fez história: ouro no solo, prata no individual geral e no salto e bronze por equipes.

Rebeca Andrade, ginasta do Flamengo
Rebeca Andrade, ginasta do Flamengo - Foto: Gilvan de Souza/Flamengo

Menções Honrosas

Apesar da matéria não ter abordado sobre outras mulheres importantes na história do Mais Querido, devemos lembrar de nomes como Érica Lopes, a Gazela Negra (atletismo), Maria Lenk (natação), Leila (vôlei), Jade Barbosa, Flávia Saraiva, Lorrane Oliveira (ginástica artística) e Rafaela Silva (judô). Duas equipes femininas também fizeram história no Flamengo:

Piedade Coutinho, Scylla Venâncio, Geysa Formenti de Carvalho e Lygia Cordovil ficaram conhecidas na natação como as "Fortalezas Voadoras", devido ao tricampeonato de natação em 1938, 1939 e 1940.

Carmen Castello Branco, Carmen Marques Pereira, Leila Peixoto, Lygia Cossenza, Maria Pequenina Azevedo, Marina Celistre, Marlene Schenkel, Norma Telles, Rosa Maria O’Shea, Wilma Fernandes, entre outras, formaram a equipe de vôlei conhecida como "Rolinho Compressor". O time foi campeão carioca em 1951, 1952, 1954 e 1955.