Depois de chororô, Palmeiras faz greve de silêncio antes de jogo contra o Flamengo
O Palmeiras protagoniza uma semana de pressão e conflito com a CBF após reclamações por parte da arbitragem. Após um grupo de palmeirenses irem até a sede da entidade, no Rio de Janeiro, protestar contra os árbitros, o clube realizou uma greve de silêncio dos seus jogadores e comissão técnica.
A medida do Palmeiras em não deixar os atletas e comissão falarem iniciou nesta quarta-feira (5) no duelo com o São Paulo pela Copa do Brasil. Na chegada ao Morumbi, a presidente Leila Pereira comentou sobre a postura tomada pelo clube e criticou a nota de defesa da CBF.
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“Nossos atletas não vão falar, o João não vai falar. Isto não é retaliação com a imprensa, de maneira alguma. Tenho profundo respeito pelo trabalho de cada um de vocês, sou jornalista como vocês, mas neste momento, em virtude da nota tão pesada que a CBF emitiu pelas declarações do João, achei melhor blindar nosso elenco e comissão técnica”, disse Leila Pereira.
O Flamengo, afinal, enfrenta o Palmeiras neste sábado (8), no Allianz Parque, às 21h, pelo Campeonato Brasileiro. A princípio, não se sabe se a decisão de não dar entrevistas se manterá para o confronto.
Braz se preocupa com pressão do Palmeiras em cima da CBF antes de jogo com Flamengo
Em coletiva de apresentação do goleiro Agustín Rossi, Marcos Braz comentou sobre a semana de conflitos entre Palmeiras e CBF. O vice-presidente de futebol do Flamengo, portanto, afirmou estar acompanhando o caso e preocupado com a proporção da briga entre o clube e a entidade.
“Com certeza estamos acompanhando. Num primeiro momento ele não se refere ao Flamengo. É uma queixa do Palmeiras com a CBF. A CBF foi dura na resposta, o Palmeiras foi mais duro ainda no que passou para a imprensa. O que não pode é uma pressão dessa em cima da Comissão de Arbitragem falando que o ‘não interessa para o sistema o Palmeiras ser campeão duas vezes’… O Flamengo foi campeão duas vezes há pouco. É muito preocupante”, disse Braz.
“E é mais preocupante ainda a torcida do Palmeiras vir fazer pressão aqui na CBF. Porque se a gente acordar aqui querendo fazer pressão, imagina a torcida do Flamengo querendo fazer pressão ali na CBF. Não vai ser bom ali para o hospital em frente, não vai ser bom para nada. Nem para o Barra Shopping, vai chegar lá”.
E completou: “No meu entender, é um problema do Palmeiras com a CBF, mas assusta pelo tom das palavras, pelo tom do que foi escrito e por outras situações. É assustador, estamos acompanhando, atentos. Espero que o presidente da Comissão de Arbitragem siga dentro do protocolo tentando melhorar sempre, mas sem se ajoelhar para nenhum tipo de forçação de barra”.