Na última semana, John Textor, dono do Botafogo, anunciou que estaria fora da Libra. Após a decisão do botafoguense, mais dos clubes também deixarão a liga: se trata de Cruzeiro e Vasco, ambos SAFs.
De acordo com o jornalista PVC, do site Uol, os times informaram ao fundo árabe a decisão de deixar a união de 18 clubes, que formam a Libra. Ao contrário do Botafogo, Cruzeiro e Vasco ainda não tornaram público à decisão, mas está encaminhada. Dessa forma, PVC indica que o trio não partirá para a Liga Forte, e se unirão em um bloco independente.
Leia mais: Fundo faz oferta a clubes da Forte para fechar negócio de 4 bi com Libra
Sendo assim, sem Vasco, Cruzeiro e Botafogo, a Libra ficará com 15 clubes ainda interessados. Um deles é o Flamengo, do mandatário Rodolfo Landim, que traça rixa direta com Leila Pereira, presidente do Palmeiras. Isso porque, a empresária critica o posicionamento do rubro-negro na divisão de cotas de transmissão dentro de uma possível liga. Na visão da presidente do Palmeiras, o mandatário do Flamengo estava sendo “soberbo demais” por não aceitar reduzir ou equilibrar o valor recebido nas clausulas de uma nova competição brasileira.
Sem a garantia mínima em mãos, Landim saiu perdendo no entrave. Por outro lado, a saída do trio da Libra pode significar algumas mudanças para o grupo, que pretende criar uma nova organização no futebol brasileiro para 2025. Na mesa, o fundo de investimentos Mubadala colocou uma nova proposta à Libra.
Sem Botafogo, Cruzeiro e Vasco, Mubadala refaz proposta a Liga
De acordo com Rodrigo Capelo, do GE, o fundo de investimentos formalizou uma nova oferta para os 15 clubes que ainda seguem na liga. Mesmo sem Botafogo, Vasco e Cruzeiro, o Mubadala segue com interesse no bloco comercial, e refez a proposta com uma alteração importante. Agora, precisa apenas de uma assinatura de Corinthians, Flamengo, Palmeiras e São Paulo. Anteriormente, o fundo árabe exigia um acordo com, pelo menos, 18 times da Libra.
A princípio, essa oferta não formaria uma nova liga no futebol brasileiro, mas sim, um bloco comercial para negociar os direitos televisivos, etapa principal antes de formar uma nova competição. Dessa forma, o investidor coloca na mesa uma oferta de comprar de 12,5% dos direitos de transmissão dos 15 clubes no Brasileirão, por até 50 anos. Nesse sentido, o Flamengo receberia R$ 158 milhões, valor mais caro entre os times da liga.
Até o final deste mês, o Mubadala diz que pretende antecipar R$ 3 milhões a cada equipe, como “um gesto de boa vontade”. Sendo assim, o fundo investidor ainda tenta reverter a decisão de Vasco, Botafogo e Cruzeiro.
