Defesa de Ramon aponta inconsistência em denúncia do MP no caso do atropelamento

30/03/2022, 19:14

A defesa do lateral esquerdo do Flamengo, Ramon, divulgou nota nesta quarta-feira (30) sobre a denúncia feita pelo Ministério Público do Rio de Janeiro no caso do atropelamento do ciclista entregador de refeições, ocorrido em 4 de dezembro de 2021.

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O MP denunciou o jovem atleta por homicídio culposo na direção de veículo automotor no atropelamento que culminou na morte do ciclista Jonatas Davi dos Santos. Conforme destacou o Ministério Público na denúncia Ramon “praticou o delito agindo de forma imprudente ao conduzir seu veículo automotor com velocidade aproximada de 102km/h em via cuja velocidade máxima permitida é a de 70km/h, o que resultou no óbito da vítima”. Além disso, o MP ressaltou que o jogador o possui duas autuações. Ambas por dirigir sem a Carteira Nacional da Habilitação (CNH), em 24 de outubro de 2019 e em 3 de fevereiro de 2020.

Nota oficial contesta indiciamento

Em nota oficial, a defesa do jogador contestou a denúncia e acusou os procuradores de inconsistência.

“A UJ Football Talent, juntamente com o advogado Dr. Xisto Mattos, vem a público se pronunciar sobre a situação do atleta Ramon, lateral do Flamengo. Ramon foi denunciado pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro após um inquérito policial que analisou fatos ocorridos no dia 4 de dezembro de 2021, quando sofreu um acidente de carro na Avenida das Américas, na Barra da Tijuca, junto ao ciclista Jonatas Davi dos Santos, que não sobreviveu após uma colisão com o carro do jogador. Ainda consternado pelo episódio, mesmo três meses depois, Ramon, lamenta profundamente a perda de Santos, acompanhado da UJ e de seus representantes legais, manifestando seu profundo respeito aos familiares e amigos do ciclista.

Ao mesmo tempo, informa que estuda, junto ao advogado Xisto Mattos, uma resposta às injustas acusações do MP fluminense. A denúncia do órgão entra em conflito com o inquérito policial ao afirmar que Ramon não guardou a segurança necessária na via e comete um erro ao afirmar que ele estava conduzindo o veículo a 102 km/h no momento do ocorrido. A própria autoridade policial constatou, na realidade, número diferente do registrado pelo MP fluminense.

Além disso, Ramon destaca que prestou o socorro adequado a Santos e esteve ao lado da família do cicilista em todos os momentos necessários. Também colaborou e segue em contato com as autoridades para melhor resolução do caso. Natural de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, Ramon é conhecido no futebol pela conduta ética e correta, afeita aos bons costumes e às boas práticas, frutos de sua criação familiar com valores mantidos ao longo da carreira, inclusive em momentos de dificuldade como esse.

Outras questões de mérito serão tratadas no processo pela defesa.”


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