Decisões de Libra e LFU podem agravar abismo financeiro no futebol, diz jornalista
As ligas formadas pelos clubes brasileiros para reorganizar o futebol fracassaram em suas missões fundamentais. Ao invés de tomar o controle de todos os aspectos do universo futebolístico, desde a organização dos campeonatos até a parte financeira, as ligas ficaram apenas com a última parte. E mesmo nesse aspecto, há muitos problemas. O jornalista Rodrigo Capelo apontou o principal deles.
Em coluna publicada nesta segunda (1) em O Globo, Rodrigo Capelo afirma que as decisões tomadas por Libra e Liga Forte União nos últimos meses vão agravar o abismo de arrecadação entre os clubes das duas entidades. O Flamengo, que lidera a Libra, está no lado que provavelmente sairá por cima nessa disputa.
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Para Capelo, duas decisões tomadas pela Libra e pela LFU vão impactar as finanças dos clubes no futuro. A primeira foi a decisão da LFU de vender 20% das receitas comerciais do bloco por 50 anos para investidores privados. A Libra até negociou com o fundo árabe Mubadala, mas não chegou a acordo. Com isso, os clubes da Libra recebem 100% de tudo que é negociado, enquanto os clubes da LFU recebem apenas 80%.
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A outra decisão que vai impactar as finanças dos clubes brasileiros é a venda dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro. A Libra negociou com o Grupo Globo de 2025 a 2029 e os clubes já estão recebendo adiantamentos. Enquanto isso, a LFU ainda busca parceiros, mas dificilmente vai achar algum grupo que pague mais do que a Globo.
Rodrigo Capelo oferece uma solução emergencial para que o abismo financeiro entre clubes da Libra e da LFU não se agrave ainda mais. Para o jornalista, os clubes da LFU precisam alterar o contrato que cede 20% dos seus direitos comerciais aos investidores privados. Sem isso, a diferença só vai aumentar nos anos futuros.
