Contratado ainda no final de 2023 para a temporada do ano seguinte, Nicolas De La Cruz, ou apenas "Nico", como prefere ser chamado, teve um 2024 de altos e baixos. O uruguaio rapidamente se adaptou ao estilo de jogo do Flamengo e teve ótimas atuações na primeira metade da temporada.
Contudo, o meio-campista sofreu lesões que minaram seus minutos no decorrer de 2024. O marco da temporada de Nico foi a Copa América. Após a competição, o Rubro-Negro disputou 34 jogos e, desse número, o uruguaio atuou em apenas 16 oportunidades.
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Depois de julho, Nico sofreu um trauma no joelho e duas lesões na posterior da coxa, fazendo com que não jogasse as finais da Copa do Brasil. As lesões atrapalharam tanto o meia, que só conseguiu atuar 90 minutos em apenas nove ocasiões.
Em entrevista ao GE, o jogador falou sobre seu período no futebol brasileiro, lesões, e uma espécie de dívida com o Flamengo devido ao valor investido nele.
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Primeiras impressões do clube e dívida interna
Arrascaeta foi essencial no processo de convencimento de Nico de la Cruz jogar no Flamengo. O meia ex-River Plate falou sobre as primeiras sensações no Rubro-Negro.
"Tinha desejo de conhecer o que é o mundo Flamengo internamente. Encontrei tudo o que pensava e imaginava, creio que nesse sentido para mim foi muito importante me deparar com um clube que sabia o que queria, o seu propósito" disse De La Cruz.
A vinda ao Flamengo foi cara. O clube desembolsou cerca de 16 milhões de euros à vista para contratar o uruguaio junto ao River Plate. Nico revelou ter um compromisso interno para "devolver" ao Rubro-Negro o esforço feito na contratação.
"Obviamente que estava tudo muito lindo, mas tinha que jogar, tinha que render, sabia o preço alto que haviam pagado por meu passe, então também é uma responsabilidade, um compromisso que eu sinto internamente que tenho que devolver ao clube a impressão que tinha criado", afirmou o uruguaio.
Lesões atrapalharam primeiro ano de Nico de la Cruz
Apesar de desempenhar um ótimo desempenho na primeira metade da temporada, De La Cruz teve uma sequência marcada por lesões no joelho e na coxa, que prejudicaram a minutagem do uruguaio no Flamengo.
"À medida que foram passando os meses, fui me sentindo um pouco mal com meu físico, começaram as dores, comecei a sofrer algumas pequenas lesões que foram se agravando conforme o ano continuava. Tentei mudar algumas coisas da minha vida cotidiana para voltar a me sentir pleno. Sempre vou querer estar em campo."
O estilo intenso durante as partidas também foi fator preponderante para o uruguaio. Isso porque ele manteve a pegada característica mesmo em jogos no qual não estava no ápice do condicionamento físico, o que, para o atleta, gerou consequências.
"Às vezes a gente joga bem e às vezes não, mas nunca vou negociar o esforço. Às vezes estava 100%, às vezes estava a 70%, 80%, mas tentava jogar, porque isso é o que melhor sei fazer. A verdade é que me custou muito ao final do ano. Creio que depois da Copa América, que para mim foi um desgaste mental importante, o meu nível começou a abaixar consideravelmente. Sou o primeiro responsável e o primeiro que faz autocrítica disso", afirmou Nico.
Depois do período difícil de lesões, o uruguaio vê um futuro promissor com o Flamengo comandado por Filipe Luís.
"Depois, ao final do ano, quando chega Filipe, que começamos a falar e a entender um pouco do ele esperava de mim, obviamente que ali tudo voltou a se reconstruir. Creio que não terminei o ano da melhor maneira, mas já está se desenhando o que vai ser esse próximo ano, e nas férias foi mais ou menos o que tentei fazer", relatou o jogador.
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