Danilo desabafa e diz que clubes 'não se importam com ser humano'
Depois de fazer longa carreira na Europa, vestindo camisas de times como Real Madrid, Manchester City e Juventus, o lateral-direito Danilo resolveu voltar ao Brasil em 2025, pelo Flamengo.
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Com muita experiência no meio do futebol, o jogador destacou em entrevista ao jornal inglês "The Guardian" que tirou um aprendizado: clubes não se preocupam com a saúde mental dos jogadores.
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Segundo ele, porém, isso só vai mudar quando esses mesmos clubes começarem a perceber que os danos emocionais os fazem perder atletas e, consequentemente, dinheiro.
"Serei direto: os clubes só farão algo quando perceberem o prejuízo financeiro que estão sofrendo. Veja quantos jogadores eram estrelas na base e não chegaram ao profissional devido à avalanche de críticas", afirmou.
Danilo ainda ressaltou que é muito comum conhecer pessoas que tentaram se aventurar na vida do futebol e, por pressão externa, não conseguiram continuar. Os clubes, porém, não se movem para mudar a situação.
"Quando você sobe, tem muito dinheiro, mulheres e fama. Mas como lidar com isso? Todos nós conhecemos alguém que perdeu o rumo no futebol", destacou o lateral-direito do Flamengo.
Assim, na opinião do defensor, só o prejuízo econômico pode realmente mudar a mentalidade dos clubes, que perdem atletas após investirem ao longo de anos nas formações.
"Quando os clubes perceberem quantos jogadores estão perdendo por problemas emocionais e psicológicos, pensarão duas vezes e começarão a investir. Porque isso é valor técnico e financeiro para o time", analisou.
Mesmo assim, Danilo ressaltou que uma coisa não mudaria: a falta de importância dada ao lado pessoal dos jogadores. O jogador do Flamengo ainda pediu por um "futebol mais humanizado".
"E isso é ruim, porque eles não se importam com o ser humano. Precisamos humanizar mais o futebol. As pessoas ignoram, não gostam de falar disso. Mas quando é sobre o lado financeiro, eles se importam", concluiu Danilo.
Impacto das redes sociais na saúde mental
As mídias sociais chegaram para desempenhar um impacto e tanto nessa história, segundo Danilo — e pelo lado negativo. As críticas, então, acabam minando a confiança de quem as recebe.
"Ainda que digamos que não ligamos, somos seres humanos. Você não consegue não sentir. Não sou viciado em redes sociais, mas queremos ser aceitos, queremos feedbacks positivos", explicou.
Por fim, o lateral-direito voltou a destacar o impacto negativo que as redes sociais podem ter devido à toxicidade dos usuários — algo que pode mudar uma carreira para sempre.
"Ninguém quer um feedback negativo. Não importa o quanto você estude, o quanto você se preocupe com saúde mental, você quer ser aceito. E as redes sociais são tóxicas em todos os níveis", completou.
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