Copa do Brasil: Fla decidirá fora de casa pela primeira vez desde 2003
Na próxima quinta-feira (07), será dada a largada para a 29ª final da Copa do Brasil. Com expectativa de Maracanã lotado, Flamengo e Cruzeiro, duas das equipes de maior tradição da competição, duelarão em busca do tetra ou pentacampeonato respectivamente. Com seis finais no currículo, o rubro-negro terá pela frente o desafio de ter que decidir fora de casa, coisa que só aconteceu em duas oportunidades.
A primeira das decisões
Na segunda edição da competição de mata-mata o Fla já disputava a sua primeira final. Após passar por Capelense-AL, Taguatinga-DF, Bahia – o único contra quem o rubro-negro decidiu em casa – e Náutico, o Mais Querido do Brasil enfrentou o Goiás na decisão. Naquela oportunidade, o primeiro jogo foi no Estádio Heraldão, em Juiz de Fora, e teve mando do Flamengo, pois o Maracanã estava fechado para obras. O embate terminou em 1 a 0 a favor dos mandantes com gol do zagueiro Fernando.
O duelo de volta foi no Serra Dourada, em Goiás, e após o 0 a 0 no placar, o Fla levantou o primeiro dos três títulos que tem da Copa do Brasil. Essa foi a primeira vez que, assim como em 2017, o clube teve que decidir fora de casa, perante a torcida adversária. Foi um título que consolidou uma garotada com a dura missão de suceder o lendário elenco da década de 80. O caneco apresentou para os brasileiros nomes como os de Djalminha, Marcelinho Carioca, Nélio, e consolidou outros como Renato Gaúcho, Zinho, Leonardo e Júnior.
Como em 2003?
Em 2003 veio a segunda final decidida longe da sua torcida. O Flamengo enfrentava um fortíssimo Cruzeiro – coincidentemente o mesmo adversário da próxima final –, que era comandado por Alex e tinha Gomes, Maicon, Edu Dracena, Cris, Luisão, Maldonado, Felipe Melo, Zinho, Deivid, Aristizábal e Mota. Aquele elenco foi o primeiro time brasileiro a conquistar uma tríplice coroa, sinal do dificílimo desafio que o rubro-negro teve pela frente.
O Flamengo daquele ano tinha Julio César, André Bahia, Athirson, Fernando Baiano, Zé Carlos, Edilson Capetinha e Felipe. O clube não conseguiu medir forças frente aos quase 80 mil que lotaram o Mineirão após o 1 a 1 no jogo de ida em um também lotado Maracanã. Na casa da raposa, 3 a 1 com gols de Deivid, Aristizábal e Luisão. Fernando Baiano fez o gol de honra dos rubro-negros. Aquele 4 a 2 foi a última decisão do clube em uma Copa do Brasil longe da sua torcida.
O momento, claro, é outro. O histórico também está equilibrado, mas o fato é que decidir em casa, diante da sua torcida, é crucial. O Flamengo mostrou isso em 2006 e, mais recentemente, em 2013, quando bateu o Atlético Paranaense por 2 a 0 já no "new Maraca". Fora, óbvio, decisões de outras competições. Se quiser fazer valer a força do torcedor, o Maior do Rio precisa de uma grande exibição nesta quinta-feira.
Vale lembrar que o clube perdeu duas finais em casa: contra o Grêmio, que levou o título graças aos gols marcados fora, em 1997; e contra o Santo André em 2003, considerado um dos maiores vexames do clube principalmente por se tratar em uma possível redenção um ano antes.
Levantando o troféu, o Fla igualará o próprio clube mineiro com quatro títulos da competição, ficando a apenas um do Grêmio. A vitória é ainda mais necessária pelo alto investimento feito no clube e após a precoce queda na Libertadores. A Copa do Brasil é o meio mais rápido de satisfazer a saudade que a Nação tem de um título expressivo.
*Créditos da imagem destacada: Arquivo O Globo
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Acima de tudo Rubro-Negro. Sou baiano, tenho 28 anos e cursei Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb). Além do MRN, trabalhei durante muito tempo como ap...