Conselhinho de futebol e o Outro Patamar que não pode virar voo de galinha
O “Conselhinho do Futebol” é composto pelo VP de Futebol, BAP e três representantes de grupos políticos pequenos do clube, da base de apoio do presidente Landim. Nenhum deles trabalhou com futebol antes. Há um movimento no clube querendo que os cargos passem a ser remunerados.
Imagine que eles são a categoria de sócio-torcedor mais privilegiada. Viajam com jogadores e diretoria, entram em campo e pensam decidir contratações de atletas e treinadores, quando na verdade BAP e Braz o fazem sem que eles sejam decisivos – como não devem ser.
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A ideia de um Conselhinho não é de toda ruim, se você passa por três anos e meio de Rodrigo Caetano com um presidente (Bandeira) segurando o executivo e seus medíocres jogadores (Marcio Araújo e seus bluecaps)… Mas ao menos deveria ser formado por quem entenda do riscado.
Mas querer formalizar o Conselhinho como profissionais do clube (há quem fale em 15 mil cada + premiações), é TOTALMENTE absurdo. Viajar com jogadores e comissão técnica não é entender de futebol. Espero que o presidente Rodolfo Landim não cometa mais essa atrocidade.
O clube precisa de profissionais capacitados tomando decisões. Spindel, profissional brilhante de marketing e ótimo em negociações e contratos, não pode ser o diretor-executivo de Futebol. Sabe tanto do esporte quanto os conselheiros VIP dos grupos Sinergia, Ideologia e FlaFut e nós.
Outro Patamar não pode virar voo de galinha. Urubu só desce do céu pra fazer sua refeição. O Flamengo precisa de capacitação. Dos melhores profissionais do mercado em cada cargo e com remunerações adequadas. Pelo fim das VPs e da política do “associado que sonha ser dirigente”.