A aprovação do contrato de cessão dos direitos de transmissão do Flamengo ao grupo Globo nos campeonatos brasileiros de 2025 a 2029 continua repercutindo. A oposição ao presidente Rodolfo Landim fez críticas severas e apontou perda de até R$ 400 milhões em relação ao contrato anterior, encerrado em 2023. A votação teve resultado de 218 votos a favor, 149 contra e sete abstenções.
A votação ocorrida nessa segunda (8) aconteceu no último dia do prazo previsto para a aprovação pelo conselho deliberativo do clube. Conforme revelado pelo Mundo Rubro Negro, o presidente Rodolfo Landim assinou o contrato no início de março e apenas agendou a votação no Code neste início de abril. A conselheira Marion Kaplan publicou carta aberta com críticas duras ao processo de apresentação do contrato e de condução da votação.
➕Parecer com críticas a contrato com Globo é trocado antes de votação no Flamengo
No texto, Marion Kaplan afirma que o problema inciou quando o Flamengo entrou na Libra sem consultar o conselho deliberativo. Para a conselheira, o Code deveria ter sido ouvido. Ela classifica a liga de clubes como uma entidade misteriosa, da qual não se conhece o estatuto ou modelo de governança. Na sequência, Kaplan critica a pressa na votação do contrato com a Globo.
Reunião do Code do Flamengo foi tumultuada antes da votação
Na carta aberta, Marion Kaplan apontou diversos problemas em como a reunião que aprovou o contrato com a Globo foi conduzida. A conselheira afirma que membros do conselho foram impedidos de falar e dúvidas não foram sanadas. Além disso, ela reclama que houve apenas dois dias para que os conselheiros examinassem o contrato.
Para concluir, Marion Kaplan afirmou que o Flamengo vive um momento de sufocamento da sua democracia. Ela afirma que a autonomia do conselho deliberativo está sendo cerceada. A conselheira resumiu sua posição no título da carta aberta: “Um Conselho nada soberano em um Flamengo menos democrático.”
Leia a carta na íntegra.