Como aproveitar o desagradável, imoral, pútrido e desprezível Ferjão 2017 - Montando o elenco
Há poucos dias fiz uma enquete para saber como o torcedor do Flamengo imagina que o clube deverá encarar o Estadual de 2017.
Para minha surpresa e felicidade, a grande maioria entende que o Ferjão do ano que vem deve ser usado como laboratório e peneira para elaboração do elenco principal, que, frise-se, estará jogando a Libertadores.
Por coincidência, na última semana a Federação realizou seu arbitral, onde foi definida a fórmula de disputa do campeonato do ano que vem. O modelo é mais bizarro que o habitual, mas o número de datas gastas em jogos deficitários contra Bangus e Madureiras continua o mesmo.
Não pretendo aqui gastar caracteres dizendo o quão desqualificado e irrelevante é esse campeonato organizado por Rubens Lopes e seus asseclas.
Se disputar o Euricão 2017 é obrigatório, que assim seja, mas que pelo menos o Flamengo saiba usá-lo para minimizar os prejuízos e ainda tirar alguma vantagem.
De antemão, devemos analisar o Regulamento Geral de Competições – RGC. Como o de 2017 ainda não foi divulgado, podemos tomar o desse ano por base.
Sabemos que o clube pode inscrever 28 jogadores + 3 goleiros. Desses 28, apenas 5 podem ser sub-20.
Até aí tudo bem, o que preocupa é a presença do § 9º do art. 34, que diz(ia):
“§ 9º - Para a disputa do campeonato estadual da série A de profissionais é obrigatório constar na relação de inscritos os atletas inscritos ou registrados para a participação em competições nacionais ou internacionais, concomitantes, sob pena de multa administrativa de até R$ 50.000,00 por cada atleta que faça parte da relação dos atletas para qualquer dessas duas últimas hipóteses e não faça parte dos inscritos para o campeonato estadual;” (grifo nosso)
Teria o Flamengo que optar entre pagar a multa ou inscrever no Carioca os mesmos atletas da relação da Libertadores? Esse item da norma draconiana da Federação parasita me parece abusivo e ilegal, mas é um tema que cabe ao jurídico do clube resolver.
Imaginando que o Flamengo, dentro do possível, tenha autonomia para inscreveu seu elenco – até porque esse ano nem os direitos de arena foram negociados – penso que há quatro perfis de atletas a fazerem parte da lista:
- Atletas sub20 com mais potencial;
- Atletas jovens, mas que já terão estourado a idade pra jogar na base;
- Atletas que voltam de empréstimo;
- Atletas que tiveram poucos minutos em 2016 e precisam de ritmo.
A presença desses jogadores serviria tanto para valorizar atletas e negociá-los, quanto para dar oportunidade para que algum se destaque e alcance um papel maior no elenco principal.
Com relação aos atletas emprestados, cabe uma ressalva: nem todos voltarão ao clube nessa janela. O Dínamo de Zagreb, por exemplo, tem a opção de compra do volante Jonas até o fim de dezembro. Canteros tem contrato com o Velez até o meio de 2017. Igor Sartori, emprestado ao Red Bull, tem contrato com o Flamengo até dezembro de 2016. E por aí vai...
Ah, antes que falem que na primeira derrota para um Boavista ou Volta Redonda a torcida pediria a cabeça de Zé Ricardo, deixo claro que, na minha concepção, esse grupo seria treinado e comandado por outro treinador (que não seja o Jayme, esse seria meu técnico do time máster, mas isso é outra história).
Dito isso, eis aqui meus inscritos para o Ferjão 2017:
- Thiago, César e Paulo Victor;
- Michael, Bonaldo, Thiago Ennes e Léo Moreira;
- Dener, Léo Duarte, Lincoln e Donatti;
- Paquetá, Ronaldo, Jajá, Jonas, Luiz Antônio, Recife, Cuéllar e Mancuello;
- Sávio, Gabriel Ramos, Thiago Santos, Rafinha, Adryan, Ederson e Mugni;
- Vizeu, Daniel dos Anjos, Baggio, Nixon e Paulinho.
É claro que isso é apenas uma ideia, muitos desses jogadores serão negociados, outros poderão chegar e, quem sabe, Cuéllar e Mancuello já terão conseguido conquistar espaço até o início do ano que vem.
O que penso ser importante destacar é que o Ferjão pode ser bastante útil se utilizado da forma correta. Baggio, melhor 1995, pode se destacar e ser negociado em definitivo, Paquetá pode pegar a rodagem necessária pra se tornar um jogador importante ainda em 2017, Mugni pode conseguir fazer o suficiente para atrair o “mundo árabe”, Éderson pode ganhar ritmo de jogo... A venda de um Rafinha da vida para algum time do “mundo asiático” já diminuiria os prejuízos desse campeonateco.
O Campeonato Estadual de Futebol do Rio de Janeiro é um grande e azedo limão, mas é possível adicionar vodka, açúcar e gelo e torná-lo tolerável.
José Peralta
@CRFlamenguismo
Leia mais do autor:
Por que não contratar Fernandinho?
O carrinho à luz do CBJD
E agora, José?
Cornetando com dados
Cotas de TV for dummies
Apoie o MRN contribuindo mensalmente com o nosso projeto: a partir de 1 real! Clique em bit.ly/ApoiadorMRN
Siga-nos no Twitter: twitter.com/MRN_CRF
Curta nossa página: facebook.com/M.RubroNegro
Instagram: Instagram.com/mrn_crf
Canal do YouTube: MRN TV
Whatsapp: 21 98917.4639
Seja Apoiador do Mundo Rubro Negro! Você participa do grupo de Whatsapp exclusivo e concorre a uma camisa oficial do Flamengo autografada por todo o elenco do time de futebol. Clique no banner!
Seja Sócio Torcedor