Com saída de Lucas Paquetá, Flamengo corre risco de repetir "geração perdida"
O ano é 1990. Dez anos após a geração mais vitoriosa do Flamengo encantar o mundo, a esperança de mais uma década de muitos títulos estava depositada nos pés dos jovens jogadores que venceram a Copa São Paulo de Juniores daquele ano. A esperança, porém, virou decepção. Por causa de uma conjunção de erros de planejamento dos dirigentes rubro-negros, numa época onde o amadorismo falava mais alto, os principais nomes do time, pouco a pouco, alçaram voo para outras praças.
Aquele time, de Júnior Baiano, Marcelinho Carioca, Paulo Nunes, Djalminha e cia., ficou conhecido na Gávea como a "geração perdida". Como era esperado, os jogadores fizeram muito sucesso no futebol e conquistaram grandes títulos. Todavia, longe do Flamengo.
Agora, mesmo que em contexto diferente, já que naquela época os dirigentes se desfizeram dos atletas a "preço de banana", a história volta a se repetir. Sem conquistar títulos importantes desde 2013, o Rubro-Negro vê mais uma grande geração partindo para fazer sucesso fora do clube.
Nesta quarta-feira (10), após realizar exames médicos, o jovem Lucas Paquetá, um dos grandes destaques do Flamengo na temporada, acertou sua transferência para o Milan (ITA). Assim como aconteceu com Vinicius Junior, Felipe Vizeu e Jorge, o meia pode deixar o Rubro-Negro sem conquistar nenhum título expressivo - a última oportunidade está na conquista do Campeonato Brasileiro.
A equipe da Gávea, que ficou por anos sem revelar grandes safras de bons jogadores, voltou a fazer jus a famosa expressão "craque o Flamengo faz em casa". Mas não usufrui da qualidade técnica destes jovens por muito tempo - principalmente por causa da desleal disputa contra os europeus e da necessidade de fazer fluxo de caixa. Como uma barriga de aluguel remunerada, o Rubro-Negro forma seus jogadores para o mercado da bola.
Seguindo o mesmo roteiro de seus companheiros que foram negociados, outros pratas da casa já estão no radar dos europeus e dificilmente não seguirão o mesmo destino. São os casos do zagueiro Léo Duarte, do meia Reinier, que ainda está na equipe sub-20 e do atacante Lincoln.
Foto destacada: Gilvan de Souza/ Divulgação
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