Clima tenso: Dunshee rebate presidente do Atlético-MG e esquenta clima para Supercopa

10/02/2022, 15:45
Flamengo Atlético

A Supercopa do Brasil se aproxima e o clima entre Flamengo e Atlético-MG vai esquentando cada vez mais. Fora dos gramados, os mineiros travam batalha na CBF por conta do local da partida, que será disputada no dia 20 de fevereiro.

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A entidade, entretanto, definiu a Arena Pantanal, em Cuiabá, como sede da partida. Isso depois do Atlético-MG se manifestar contra a realização do jogo em Brasília. Mas Rodrigo Caetano, vice do time mineiro, chegou a comentar que acha que a partida deveria acontecer em Belo Horizonte, já que clube conquistou a Copa do Brasil e o Brasileirão.

A troca de farpas entre Dunshee e Sérgio Coelho

Mas a discussão ultrapassou tudo isso. O vice de relações externas do Flamengo, Rodrigo Dunshee, alfinetou o presidente do Atlético-MG no Twitter.

“Existem pessoas que falam tanta besteira, que não merecem maior atenção”, disse o mandatário.

Sentido, Sérgio Coelho não deixou barato e revidou, chamando Dunshee de “papagaio da corte”, em fala ao ‘GE’.

“Cada urubu sabe a altura do voo que sua capacidade alcança… (…). Tem lobista, transvestido de vice-presidente de time carioca que, na falta do que fazer – e também na falta de respeito e educação -, se presta ao papel de bobo da corte. Melhor: de “papagaio da corte”

Dunshee, portanto, voltou a responder o presidente rival, em aspa dada ao ‘O Globo’.

“A gente trabalha, não vive de mesada. Deixa ele falar”, provocou o cartola

Nota oficial do Atlético-MG sobre final com Flamengo em Cuiabá

O Atlético enviou ofício à CBF dando continuidade na queda de braço com o Flamengo. Veja:

“Sr. Ednaldo, presidente da CBF, boa noite!

Respeitosamente, venho demonstrar minha indignação e meu sentimento de injustiça com a decisão tomada por V.Sa. de levar a Supercopa do Brasil para a Arena Pantanal, em Cuiabá (MT).

Como é sabido, o Atlético foi campeão do Brasileirão e da Copa do Brasil, em 2021, enquanto o Flamengo entrou nessa disputa por mera liberalidade do regulamento, já que nada conquistou no ano passado.

Não obstante os fatos acima, a decisão do local do jogo, na forma que foi tomada, é extremamente prejudicial ao Atlético em vários aspectos, conforme segue:

1) INFORMAÇÃO PRIVILEGIADA DENTRO DA CBF – O Flamengo soube do local (Arena Pantanal) antes de o Atlético e mesmo a imprensa tomarem conhecimento. Prova disso, irrefutável, está no fato de já terem feito, desde o dia 7, reserva no melhor hotel da cidade (embora depois que a informação fora divulgada pela mídia, dissimuladamente, tentaram “vender” a ideia de que haviam sido feitas reservas em várias cidades);

2) FALTA DE ISONOMIA – V.Sa. fez escolha por uma praça que não dá ao verdadeiro Campeão Brasileiro e da Copa do Brasil igualdade de torcida. Pelo contrário, a praça distingue um dos clubes em questão, principalmente pela dificuldade de logística para deslocamento dos nossos torcedores, enquanto nosso adversário tem grande torcida local;

3) ASPECTO FÍSICO – Ademais, o local é conhecido por ser um dos mais quentes nesta época do ano, com temperaturas extremamente elevadas. Ocorre que nosso adversário voltou de férias uma semana antes, ironicamente por não ter disputado sequer a final da Copa do Brasil, de modo que tende a se beneficiar no aspecto físico;

4) PREOCUPAÇÃO COM AS DECISÕES DA CBF – O Clube Atlético Mineiro cumpre as determinações da CBF, o que Flamengo não fez, por exemplo, ao proibir a entrada de nossos torcedores no Maracanã, no jogo do returno do Brasileirão do ano passado. Respeitamos a decisão da CBF, mas nos sentimos extremamente prejudicados e injustiçados, sentimento que é compartilhado por toda a nossa torcida que também está igualmente indignada. Ficamos, também, extremamente preocupados com decisões tomadas por pressão do Flamengo;

5) HISTÓRICO DE GRAVES PREJUÍZOS – V.Sa. sabe o tanto que o Galo já foi prejudicado pela arbitragem e também pela CBF nos anos 80, em benefício do Flamengo. Na decisão do Brasileiro de 80, por exemplo, a CBF inverteu o mando dos jogos finais em uma canetada, tirando o último jogo do Mineirão e levando para o Maracanã, para citar um só exemplo;

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