Clemer faz 55: relembre quando goleiro salvou jovens na briga contra Peñarol
O ex-goleiro Clemer completa 55 anos nesta sexta-feira, 20 de outubro. Os anos servindo ao Flamengo foram de 1997 a 2002, tempo suficiente para conquistar cinco taças, sendo uma internacional. Mas um dos maiores destaques de sua passagem foi uma briga na semifinal da Mercosul, contra o Peñarol.
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Isso porque o arqueiro era um dos mais experientes em campo e o time era repleto de jovens. A confusão uruguaia foi premeditada, já que o time já se sentia eliminado após a derrota por 3 a 0 na ida. Dessa forma, o jeito era tentar intimidar os garotos. Relembre o episódio com imagens:
O time acabou sendo campeão, mas precisou passar pela confusão com os uruguaios antes. Clemer foi um dos últimos jogadores do Flamengo a conseguir deixar o campo, tendo que trocar socos com cerca de quatro a sete uruguaios.
Clemer relembra protagonismo na briga em Peñarol x Flamengo
Recentemente, o próprio ex-goleiro falou sobre o ocorrido ao Charla Podcast. Clemer explica que o time era inexperiente e citou alguns nomes da época: “Naquela época, nosso time era bem novo. Mais experientes éramos eu, Célio Silva. O resto era garotada. Reinaldo, Juan, Lê, Val Baiano, o Beto na primeira tomou uma que caiu sentado. Foi uma confusão”.
Além disso, Clemer conta os bastidores da briga de dentro do campo e relembra que o embate teve início por conta de uma discussão de Athirson com um dos rivais.
“Começou por causa do Athirson. Voando, aqui no Maracanã o que ele fez foi piada. O cara provocando o Athirson, ele falava que ia pegar a bola e ia para cima dele, ia dar caneta. Acabou o jogo, o Athirson usava aparelho, o cara deu uma que pegou na boca dele, estava toda a marca do aparelho”, conta, antes de dizer que alguns uruguaios estavam dopados:
“Chegou lá, começamos a ir para dentro dos caras. Eles entraram carecas. Não sei quantos jogadores no final, cinco ou seis, caíram no doping. Os caras eram malucos”.
Clemer reafirma que, de fato, precisou brigar com alguns uruguaios sozinho antes de conseguir descer para o vestiário com o resto dos jovens que já haviam descido.
“Tomei uma bica na costela que não sei como não quebrei. Fiquei sozinho trocando com vários. Quando eu levantei, eu só queria vazar dali também”, relata.
Para Clemer, confusão foi armada pelos uruguaios
Não eram só jogadores profissionais que agrediam os flamenguistas. Afinal, Clemer lembra que até os jovens das categorias de base, que jogaram um jogo preliminar antes do confronto contra o Flamengo, estavam aguardando a fagulha para invadir o campo e participar da briga. Assim, acreditando que a confusão foi armada.
“Na verdade, estava tudo armado. Eles sabiam que não iam tirar o 3 a 0. Estava armado para ter aquela confusão. Tinha um time de juniores que jogou antes e ficou no campo esperando a confusão. Era muita gente. Quem me salvou foi o segurança. Eu caí, e ele tirou um trabuco. Quando eu levantei só tinha amarelo e preto”, diz Clemer, lembrando que os companheiros tinham descido, antes de lamentar a solidão:
“O brasileiro tem um defeito, bate e dispersa, não consegue se unir. Uruguaio, argentino, se unem. Brasileiro dá tapa e sai correndo”, brinca.
Flamengo parabeniza Clemer por aniversário
Se um jogador marcante do Mais Querido faz aniversário, é claro que tem manifestação do clube. Afinal, o mínimo que os heróis que defenderam o Manto Sagrado com maestria merecem é o reconhecimento. Certamente é gratificante para Clemer receber felicitações do Flamengo, que publicou:
“Tricampeão Carioca (1999, 2000 e 2001), campeão da Mercosul (1999) e da Copa dos Campeões (2001) com o Manto, o nosso ex-goleiro Clemer faz aniversário hoje. Parabéns, felicidades e SRN”, escreve o clube em seu Twitter, mostrando que, inegavelmente, é um dos grandes nomes gravados na história.