Chico da Costa afirma que Bolívar mantém identidade mesmo longe da altitude

A diferença de investimentos não entra em campo, e por isso, o Bolívar é o líder do grupo, enquanto o Flamengo luta pela vida. Até por isso, a partida será marcada por um time boliviano mais agressivo do que se espera. Ao menos, é o que assegura o atacante Chico da Costa, atleta mais valioso do time adversário, mas que custa menos do que Evertton Araújo, de 21 anos, proveniente da base flamenguista.

O artilheiro já marcou seu gol contra o Flamengo no jogo do primeiro turno do grupo, em La Paz. No entanto, o Mengão enfrentou a adversidade da altitude de 3650m. Mas Chico da Costa garante que a equipe vai jogar da mesma forma que jogou na Bolívia.

➕Bolívar poupa antes de encarar Flamengo e vence no Clausura

“Nosso time tem uma identidade, e a gente busca manter a mesma identidade em qualquer campo. Isso não impede que, caso a gente tenha que se defender para levar o empate para casa, para somar (ponto) de visitante no Maracanã, a gente faça. Mas a ideia é manter o nosso estilo de jogo, que a gente faz em casa. Nosso estilo é assim. É de posse de bola, é de jogar com a bola. Vai ser mais difícil no Maracanã. Mas a gente sempre, não só no Maracanã, vai tentar nunca mudar o nosso estilo”, garante o brasileiro do Bolívar em entrevista ao Coluna do Fla.

Chico refuta que Bolívar só tenha a altitude

Aos que pensam que o Bolívar só se dá bem jogando na altitude, Chico da Costa manda recado. O atacante mostra não gostar da afirmação, lembrando que o time fez quatro pontos longe de La Paz.

“O Bolívar não é um time que “só tem altitude”, eu entendo que a altitude é um fator que ajuda, mas o clube foge muito do contexto do país, eu sei que a Liga Boliviana não tem. Era um fator muito determinante (a altitude), agora não mais. Vocês estão vendo aí, a gente tem quatro pontos já fora de casa na Libertadores e a gente demonstra que não é um time só de altitude”, diz Chico da Costa durante a entrevista.

Chico também compara a altitude ao calor do Brasil ou o frio da Europa, alegando normalidade e que trata-se de uma condição natural de cada localidade do mundo.

“E falando da altitude, não tem nenhuma hipocrisia aqui, não posso falar que não influencia, que não atrapalha quem está no nível do mar, atrapalha, é difícil, o fator climático existe em muitos lados, no Brasil tem o calor, a umidade, na Europa tem o frio, neve, enfim. A altitude também é um fator climático, mas é sim o que mais interfere, que interfere diretamente na oxigenação”, admite, antes de complementar:

“Então é mais difícil, atrapalha quem vem do nível do mar, mas não é o fator mais determinante, senão o Bolívar já tinha conquistado alguma Libertadores e não é assim, acho que se estruturar como o clube, como o Bolívar tem feito, é realmente o fator mais determinante para as conquistas que a gente vem tendo nos últimos anos”, finaliza.