Checamos: Marcos Uchôa mostra desconhecimento sobre projeto de estádio do Flamengo no Gasômetro
Candidato a deputado federal no Rio de Janeiro, o jornalista Marcos Uchôa publicou em suas redes sociais na segunda-feira (8) suas opiniões sobre o possível estádio do Flamengo no Gasômetro. Ainda em fase de estudo de viabilidade, a construção teria investimento próprio do Flamengo para aquisição do terreno. No vídeo publicado, Marcos Uchôa dispara: “o uso e abuso do dinheiro público no esporte é vergonhoso”.
Acontece que qualquer tratativa do clube, o investimento para construção do estádio seria necessário, e não doado ou com recursos de dinheiro público. Ainda no vídeo onde comenta sobre o assunto, Uchôa deixa clar que: “estádios de futebol custam centenas de milhões de reais. É um desperdício usar dinheiro público e patrimônio público isso”.
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O próprio presidente do clube, Rodolfo Landim, já afirmou que o Flamengo terá de adquirir o terreno do do Gasômetro, e que mesmo assim não há um valor exato para compra do local. O imóvel pertence ao Fundo Imobiliário do Porto Maravilha, gerido pela Caixa Econômica Federal. As negociações continuam em andamento, visto que o Flamengo ainda participa do processo de licitação do Maracanã.
A quem pertence o Gasômetro?
Marcos Uchôa também não se limitou em relação ao equívoco investimento público, e mostrou seu total desconhecimento sobre a administração do terreno: “Isso é um patrimônio público de todos, não interessa simplesmente aos flamenguistas, não só a torcedores de outros times, mas até de pessoas que não gostam de futebol. Por que não fazer um parque ali? Uma escola, hospital, algo que realmente ajuda a população de maneira geral”.
De acordo com o jornal O Globo, a Caixa tem interesse em usar o espaço para construir prédios comerciais e residenciais. Esses empreendimentos seriam mais vantajosos do que a construção de um estádio, em seu entendimento. Entretanto, o poder público não tem atualmente autonomia sobre o local, como já dito pelo prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes.
Caso o terreno seja comprado, a construção do estádio obrigaria a uma revitalização urbana no entorno do local. Facilidade para empreendimento nos jogos do Flamengo, logística mais acessível através da ampliação do transporte público e uma área mais ativa economicamente.