Apesar dos terríveis resultados esportivos do Flamengo em 2023, o clube segue sendo referência para os adversários fora das quatro linhas. A reestruturação do Rubro-Negro é espelho para outros clubes brasileiros, e neste domingo (24) foi a vez do CEO do Cruzeiro falar sobre o assunto.
Em participação no programa CNN Esportes S/A, Gabriel Lima, executivo do clube mineiro, falou sobre o atual momento do Cruzeiro e usou o Flamengo como exemplo.
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“Todo mundo quer ser Flamengo e Palmeiras, mas ninguém quer passar pelos anos que eles passaram para se reestruturar e se reerguer. Estamos vivendo isso na pele esse ano, e vivemos no ano passado também. São anos de reestruturação, e é natural que o desempenho esportivo oscile”, disse o dirigente do Cruzeiro, antes de completar:
“Por outro lado eu tenho muita confiança no elenco que montamos, no trabalho que está sendo feito. Nossa ideia é brigar por uma vaga em competição sul-americana. Tem que ter um pouquinho de paciência, porque a reestruturação não vem da noite para o dia, você faz passo a passo”, afirmou.
Reestruturação financeira do Flamengo
Exemplo para os outros clubes, o Flamengo passou por um longo processo de reestruturação financeira. Em outubro de 2022, Rodrigo Tostes, vice de finanças do clube, revelou como a famosa “Chapa Azul” encontrou o clube em 2013.
“Bom, olhando para trás nesses 10 anos, a gente não sabia onde estávamos pisando. Porque quando a gente entrou, fizemos uma auditoria com uma empresa super renomada, e a dívida apontava para algo entre 700 e 800 milhões. Mas a gente tinha um faturamento de aproximadamente 182, 185 milhões de reais. Então iriamos demorar, mantendo esse patamar de receita”
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“A gente aumentava ano a ano a dívida, essa dívida não era com aquela estrutura, não era possível de se pagar. Então a gente tinha muito mais despesas do que receitas, e tinha um passivo enorme, uma dívida enorme que vinha se acumulando. Então o que a gente fez nessa reestruturação foi se preparar. Se não fosse uma associação, eventualmente o Flamengo já teria pedido falência, porque não tinha capacidade de pagamento. Então a gente renegociou as dívidas, fez um trabalho longo de aumento de receita”.
28 anos, jornalista formado na FACHA. Sou apaixonado pelo Flamengo e esportes em geral, mas com foco no futebol e basquete.