CEO do Atlético-MG diz que hino durante festa do Flamengo causou debate caloroso
Como Mauro Cezar Pereira já externou, o Atlético-MG foi um péssimo perdedor. O próprio clube reconheceu o erro de colocar o hino durante a comemoração do Flamengo na Arena MRV. O vice doeu, principalmente por se tratar do primeiro título do novo estádio, inaugurado em abril do ano passado. Por isso, os organizadores tiveram que apelar.
Em entrevista ao ge, porém, Bruno Muzzi, CEO do Atlético-MG, assumiu que a atitude foi errônea, garantindo que não voltará a se repetir. Muzzi revela que isso causou um debate quente dentro do clube, afirmando que são profissionais e deveriam ter deixado o lado clubista de lado.
➕Léo Pereira sobre saída de Gabigol do Flamengo: ‘É até difícil falar’
“Em relação ao hino, é um debate caloroso que está aqui dentro e que não pode se repetir. A gente conversou bastante ontem. Somos profissionais, nós não somos torcedores, este tipo de atuação não pode acontecer aqui dentro e não acontecerá mais”, inicia.
Bruno Muzzi admite ainda que o Flamengo está certo de soltar nota oficial criticando a atitude: “Eu acho que a nota do Flamengo é direito deles soltarem. Foi aqui o jogo”.
A nota do Flamengo
A nota que Bruno Muzzi se refere tem trecho sobre o hino colocado no estádio. Para o Flamengo, faltou Fair Play por parte do Atlético-MG, que não soube perder e desrespeitou o adversário, que merecidamente ganhou na bola e não deu chances ao time local.
“Durante toda a comemoração e a cerimônia de premiação, os responsáveis pela Arena MRV, de forma deliberada e antidesportiva ligaram, no último volume, o sistema de som do estádio para tocar repetidamente, por quase uma hora, o hino do Clube Atlético Mineiro, em uma atitude desrespeitosa e contrária ao Fair Play”, se posicionou o Flamengo.
Atlético-MG aguarda punição
O hino após o título do Flamengo, porém, foi o menor dos problemas. Derrotados, os torcedores atleticanos não aceitaram bem o que aconteceu em campo e a segurança não suportou a quantidade de objetos jogados em campo, chegando a ferir um fotógrafo com uma bomba, além de diversos copos atirados no gramado. Tentativa de invasão também aconteceu.
Bruno Muzzi reconhece as falhas, mas diz que o clube vai tentar se proteger na Justiça.
“Com certeza, é uma punição que a gente entende que virá. Nós temos que nos defender, mostrando o que a gente fez também, com identificação, o maior efetivo de segurança privada na história da arena. Em jogos normais, temos 400 seguranças privados. Domingo, tivemos 710 seguranças. Só dentro do campo foram 140, todo gramado gradeado”, diz Bruni.
Ele explica que a segurança foi muito bem reforçada, apesar da confusão, incluindo os problemas na entrada dos torcedores do Flamengo.
“O maior contingente do choque, o maior contingente da polícia militar que, mesmo assim, nada disso foi suficiente. A gente entende que a segurança privada lida com torcedores, com bandidos e terroristas, que é o que aconteceu aqui dentro, a polícia precisa também atuar. Então, a punição que virá, nós iremos nos defender, e acataremos o que vier”, finaliza.