Em meio ao escândalo de manipulação e esquema de apostas no futebol brasileiro, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) promete travar batalha judicial com a Galera.bet, uma das patrocinadoras do Campeonato Brasileiro. A entidade foi obrigada a tampar outras casas de apostas concorrentes no Brasileirão.
Mesmo com contrato de exclusividade com a Galera.bet, outras empresas estavam sendo expostas nos pórticos de entrada e em backdrops das entrevistas dos jogos do Brasileiro. Por isso, a Galera.bet conseguiu uma ordem judicial, que fez com que a CBF cobrisse as logos das concorrentes nesta última rodada.
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A casa de apostas conseguiu uma liminar na 30ª Vara Cível do Rio de Janeiro, alegando exclusividade neste segmento até 2024 e, com quebra de contrato em algumas propriedades do torneio, poderia exigir pagamento de multa. Caso seguisse com as logos da 1xBet, Betano e Betnacional em jogos do Brasileiro, a CBF teria que pagar multa de R$ 200 mil por partida.
Por isso, nos últimos jogos foi possível perceber que a entidade optou por não “brigar” com a justiça e acatou a decisão, “sumindo” com as outras marcas dos seus backdrops, quadro que expõe os patrocinadores atrás dos jogadores em entrevistas. No jogo entre Flamengo x Goiás, por exemplo, é possível perceber os buracos entre as marcas.
De acordo com o site “Máquina do Esporte”, a CBF está insatisfeita em ter sua marca associada ao Galera.bet, e vai buscar a rescisão do contrato na Justiça.
Everton Ribeiro, do Flamengo, falou sobre o esquema de apostas
A Operação Penalidade Máxima 2 segue com desdobramentos. E com diversos jogadores da série A e B do futebol brasileiro entre os envolvidos, o assunto é o tema da semana. Após a vitória do Flamengo contra o Goiás, nesta quarta-feira (10), Everton Ribeiro abriu o coração e lamentou a situação:
“Muito triste, a gente luta tanto para chegar nessa posição, sonhos de muitas crianças, somos exemplos. Eu sei que é errado, cada um sabe onde aperta o calo. Mas tem que ser punido, tem que ser investigado, ser rígido para que não aconteça isso. É um esporte muito inclusivo, com responsabilidade. Precisamos cuidar do nosso futebol, ter responsabilidade do que a gente faz. Triste. Mas espero que a gente possa sair daqui com ensinamentos e ver o caminho certo a seguir”, disse o camisa 7.
28 anos, jornalista formado na FACHA. Sou apaixonado pelo Flamengo e esportes em geral, mas com foco no futebol e basquete.
