CBF só divulga áudio do VAR de um dos dois pênaltis não marcados para o Flamengo
Apesar da vitória do Flamengo por 4 a 2 sobre o Atlético-MG, os erros da arbitragem não podem passar impunes. O time venceu, mas isso não mascara alguns lances polêmicos onde a equipe de Tite foi prejudicada. A CBF soltou os áudios do VAR no seu site oficial, como de praxe com todas as partidas. Eles selecionam os lances polêmicas para subir no ar. No entanto, dos três lances capitais analisados, apenas um é de possível pênalti para o Flamengo.
O time teve dois pênaltis não marcados. Ou, no mínimo, dois lances que resultaram em reclamações por penalidades não marcadas. A CBF publicou o áudio do VAR de um possível pênalti em Erick Pulgar, não marcado em campo e mantido pelo VAR. Mas ignorou um segundo pênalti em Pedro.
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O atacante do Flamengo entrou no decorrer da partida, e ao receber um lançamento em profundidade, invadiu a área, mas viu o defensor impedir sua passagem. Com o braço, Mariano não deixa Pedro prosseguir com a jogada entrando em velocidade. Pedro cai, mas nada é marcado. No site da CBF, o lance foi completamente ignorado, e não temos a explicação ou a revisão do VAR para entender a não marcação. Recorde o lance abaixo.
VAR diz que jogador do Atlético-MG está no ‘movimento normal da corrida’ no pênalti em Pulgar, do Flamengo
Se a jogada duvidosa em Pedro não apareceu, não deu para fugir da ação faltosa escandalosa no chileno Erick Pulgar. O estrangeiro tinha a bola na área, e o defensor atleticano prende seu no pé no do jogador do Flamengo. Com o movimento contínuo, ele derruba Pulgar dentro da grande área.
Independentemente se o contato foi proposital ou não, é fato que ele aconteceu, e impediu a sequência da jogada de Pulgar. Mas o áudio do VAR indica que os pés se enroscaram e que o jogador do Atlético-MG estava no movimento normal de corrida, e por isso, acabou derrubando Erick Pulgar. Além disso, quando um dos assistentes comenta sobre mostrar um novo ângulo, a decisão já é tomada, indicando que ‘não há infração’ e pedindo para Ramon prosseguir com o jogo.
“O pé enrosca na disputa, os dois na bola. A disputa é na bola, o pé dele passa por cima enroscado no cara. Ele não puxa. O defensor está no movimento normal da corrida. Não há infração, tá? Pode seguir. O defensor desequilibra e quando cai o pé do atacante… Isso, pode seguir. Pode seguir, Ramon, tudo limpo”, diz o áudio do VAR publicado pela CBF. Relembre o lance:
A contradição no pênalti de Allan
No pênalti para o Atlético-MG, a abordagem foi diferente. Allan toca a bola e acerta o adversário em um movimento contínuo, assim como na jogada em Pulgar, mas o adversário nem encosta na bola. A falta de critério contradiz os discursos diferentes.
“Eu acho que esse toque é mínimo na bola. Ele raspou a bola e depois teve o contato. A bola está dominada, só que escapa dele. Ele vem para trás, o jogador encosta a bola e depois pega o pé dele. Ramon, eu vou checar o APP, mas eu vou recomendar a revisão para possível penal. Porque o contato dele com a bola é mínimo”, diz o VAR.
Gerente de futebol do Flamengo, Luiz Carlos Azevedo cobra critério e compara pênalti de Allan com o não marcado em Pulgar
Após o jogo, Luiz Carlos Azevedo fez um breve pronunciamento aos jornalistas na Arena MRV. Ele cita até o pênalti não marcado para o Brasil em cima de Vinícius Júnior e inicia:
“Ontem, nós assistimos com muita indignação a nossa Seleção Brasileira ser prejudicada por um pênalti claríssimo em cima do Vinícius Júnior, e simplesmente o VAR não chamou. Venho aqui para poder, em cima de uma grande vitória, contra um grande adversário, entender o critério do VAR. A comissão de arbitragem tem recebido a nossa diretoria, existe um diálogo. Mas novamente, o Flamengo foi prejudicado”, afirma.
Em seguida, ele compara o pênalti de Allan, marcado a favor do Atlético-MG, ao não marcado em Pulgar. Allan, ao menos, pega primeiro na bola, e também acerta sem intenção o jogador adversário em um ato contínuo. O lance é parecido, e a justificativa do VAR contradiz marcação do pênalti para os atleticanos.
“Se foi pênalti no Allan, que para nós, não foi, o nosso atleta toca primeiro a bola e no ato contínuo do movimento ele tem o contato com o atleta da equipe adversária. O árbitro de campo não marca e o VAR chama para marcar. Queremos entender qual foi o critério na não marcação do pênalti em cima do Erick, Não há contato do jogador adversário na bola, o nosso atleta toma uma rasteira, cai e o VAR não chama”, comenta, antes de finalizar:
“Quando falarmos em um resultado adverso, vão dizer que foi muleta, que é choro. Volto a frisar, o Flamengo se sente prejudicado e gostaria de entender qual o critério do VAR”, encerra.